Disciplina: Direitos
Humanos
Vídeo Aula: 1
Origem Histórica dos Direitos Humanos
É
importante que todos nós reconheçamos e entendamos que as leis relacionadas aos
Direitos Humanos são importantes mas não são tudo, os Direitos Humanos é a
construção histórica feita pelos povos.
A
primeira manifestação dos Direitos Humanos foram realizadas por cerimônias,
ritos de nascimento, nomeação / sepultamento
– assumir-se como humano.
O
importante é que os povos com o passar do tempo começaram a fazer rebeliões
contra a injustiça e a desigualdade.
O
Mundo Moderno direciona poderes e riqueza a uma pequena minoria.
Nas
manifestações realizadas, o povo lutava por Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, onde podiam manifestar o pensamento, congregar com semelhantes,
partilhando pensamentos/ relações de idéias.
A
segunda situação que merece destaque são as Guerras de Independência
constituída na América, em busca de liberdade, de rompimento com o sistema
colonial e com a Constituição de sua autonomia enquanto nação.
As
Declarações surgem num movimento de forma privilegiada.
Apenas
no século XIX mostra-se que a igualdade não se consolidou recuperando os
princípios da igualdade – movimentos sociais.
O
século XX traz um espaço de debate, de guerra e isso tudo é acompanhado de
tecnologia.
A
Humanidade reage ao terror da 2ª Guerra Mundial com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, que se anuncia para a Humanidade com uma possibilidade para
além do terror.
Devemos
sempre trazer para o nosso cotidiano escolar uma pedagogia onde a paz se
perpetue diariamente, sabe-se que infelizmente mesmo com manifestações e
mudanças há muito a se fazer, há problemas como a epidemia da fome, problemas
ambientais ... que merecem uma atenção maior .
E
como já foi dito os Direitos Humanos são construções que a humanidade vem
fazendo , na luta para se tornar livres, iguais e fraternos.
Disciplina: Direitos
Humanos
Vídeo Aula: 2
Direitos Humanos na América Latina e no
Brasil
Os
Direitos Humanos foi e está sendo uma conquista diária a todos nós, antigamente
apenas uma pequena minoria tinha acesso a ele, tornava-se privilégio de alguns.
As
Elites estavam sempre em busca do controle político, ocasionando as rebeliões
coloniais, Canudos podemos citar como um exemplo desses movimentos, pois foi um
movimento onde a população conquistava um lugar com certa autonomia.
Lutas/Movimentos/Conquistas
essas que a cada dia vem se fortalecendo, podemos citar como exemplo as lutas
por salários dignos, direito a organização partidária, descanso semanal, férias
... direitos sociais e econômicos.
Devemos
como educadores desenvolver em nosso cotidiano escolar conhecimentos e práticas
direcionadas a Cidadania, ela deve se fazer valer em todos os âmbitos onde o
indivíduo participe.
É
importante ressaltar que muito já foi conquistado e tudo com muita luta e
conflito, a sociedade sempre combateu, as guerras civis foram intensivas para
que as conquistas fossem alcançadas.
Tudo
foi conquistado por todos os povos, não apenas brasileiros, mas também em toda
a América Latina, um grande exemplo foi a Argentina em sua luta pelos Direitos
Humanos, produzindo uma mudança da cultura dos Direitos Humanos com uma grande
manifestação, onde as mães lutaram para conseguir o corpo de seus filhos para
que pudessem enterrá-los como qualquer cidadão.
Devemos
sempre no âmbito educacional refletir sobre a nossa práxis, repensando a
pedagogia, conscientizando todos os envolvidos no processo, seja
alunos/educadores ... para que dialoguem e possam se descobrir sujeitos em
direitos, a partir daí consigam construir uma cidadania de participação e
propiciando a todos momentos de reflexão sobre o seu papel na sociedade
enquanto cidadão.
Disciplina:Convivência Democrática
Vídeo Aula: 3
A Globalização e
seus Impactos nas Culturas
A Globalização
hoje se faz presente em nosso cotidiano, ela pode ser considerada uma teia,
enraizada na Modernidade, Capitalismo.
As redes
sociais, a mídia em geral, os produtos on linne... são elementos voltados a
Globalização.
É importante que
reconheçamos a Globalização como um impacto avassalador dos processos
econômicos globais, incluindo processos de produção, consumo, comércio, fluxo
de capital e interdependência financeira.
A Globalização
deve ser reconhecida como o surgimento de novas culturas, de meios e
tecnologias de comunicação global que moldam a relação de afiliação Identidade
e relação entre as pessoas.
Dentro do
Âmbito Educacional a Globalização deve ser reconhecida e explorada ao máximo,
nossos educando devem reconhecer que muitas vezes alguns hábitos estão
relacionados a Globalização que ela está presente dentro de vários contextos,
sejam eles familiares, escolares...
Com a
Globalização há um aumento das políticas da identidade, grupos que defendem o
que acreditam, um grande exemplo é a Parada Gay.
Quando
pensamos na Educação frente a mundo globalizado devemos nos atentar a alguns
pontos importantes, tais como, mercado de trabalho instável, novas demandas do
mundo do trabalho, maior uso da força de trabalho, crescente importância da
produção intensiva do Capital , entre outros, pontos esses que nos faz refletir
e constatar que nossos discentes devem estar atentos e sempre em busca do
novo,se preparando e se aperfeiçoando, para que possam corresponder ao que se
espera.
A Globalização
nos traz efeitos que devem ser evidenciados, são eles econômico, político e
cultural.
Muitos povos
tornam-se intocáveis pelo fenômeno da globalização, está realidade deve ser
transformada.
Nós
educadores, os funcionários... enfim, todos que fazem parte da Comunidade
Escolar precisam se atentar para trabalhar o tema em questão, para que todos
possam atuar com dignidade.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 4
A Convivência
Democrática na Ótica dos Estados Culturais
É importante que nós educadores
tenhamos clareza que a Cultura precisa ser entendida/analisada a partir de sua
centralidade, isto é de seu vasto alcance na constituição de seu amplo aspecto
da vida humana.
Afinal, é a
Cultura que nos controla/regula e essa regulação pode acontecer de forma
normativa, ou seja, tudo que fazemos tem um sentido de regra construído
culturalmente ou através de sistemas
classificatórios, onde as ações são classificadas e nossas condutas comparadas
numa série de categorias consideráveis padrões aceitáveis ou não naquele grupo
cultural.
Com as
práticas escolares os sujeitos em relação a cultura,
surgiram/modificaram/continuaram determinados comportamentos, é importante
reconhecer que tudo está ligado diretamente a forma de governo de seus
sujeitos.
Por este
motivo nosso papel enquanto educadores é importantíssimo, pois devemos
orientar/argumentar o comportamento dos indivíduos que estamos ligados,
trabalhando continuamente e primando por uma educação democrática de qualidade.
Vídeo Aula:5
ENTREVISTA:
ENTREVISTA COM O PROF. SOLON VIOLA
Em uma
sociedade torna-se fundamental que haja
leis que defendam e orientem os Cidadãos que fazem parte dela, aos seus diretos
/ deveres, que devem ser reconhecidos, respeitados e tratados dentro de sua
condição.
Leis essas,
que oriente sobre o papel de cada um enquanto indivíduo participativo da
sociedade na qual estão inseridos.
A Educação tem
um papel muito importante, afinal temos que efetivar essa “consciência” dentro
não apenas do âmbito educacional, mas em vários outros.
Os Direitos
Humanos devem ser vistos coletivamente, e com o tempo é importante ressaltar
que as pessoas alteram determinados conceitos.
O saber do
educando deve ser valorizado tanto quanto o saber dos educadores, o cotidiano
de cada um deve ser reconhecido, valorizado e trabalhado dentro da sala de
aula, o diálogo deve se efetivar, propiciando momentos de reflexão, troca ...
entre aprendiz e o educador.
Devemos nos
atentar a nossa prática e reconhecer que sempre modificará a cultura dos seres
humanos também haverá a necessidade de e ressignificar os Direitos Humanos, pois
afinal é uma exigência do tempo, exigência da construção de uma nova ordem
democrática.
Infelizmente a
Cidadania no Brasil sempre foi bastante restrita a um grupo – elite e isto nos
dificulta a considerar o outro, pois nossa cultura está acostumada com o
privilégio.
Devemos
conhecer e entender a Cidadania Ativa, que tem como princípio a dimensão da
nação, ela é resguardada, organizada pela legislação da nação- remonta a outras
experiências humanas.
O Direito
Humano é uma Declaração, é um desejo que a humanidade vai construindo em alguns
momentos para além da dimensão da nação.
Nós educadores
devemos entender que cada aluno é ser humano e tem seus direitos, direito a
palavra, ao pensamento, a partir daí construir.
A organização
deve ser construída através do diálogo e da participação, não basta apenas
conhecer os Direitos, mas temos que nos avançar nesse conhecimento.
Conhecer/querer
e realizar esses direitos – a escola deve conhecer e promover esse
conhecimento, valorizando todos os saberes permanentemente atualizado e
vivenciando entre professores e educandos.
Além disso, o
papel dos meios de comunicação devem ser reconhecidos, pois tornam-se presentes
cada vez mais na vida de cada individuo.
Temos que
oferecer uma pedagogia onde todos possam ser reconhecidos igualmente apesar das
diferenças, tal prática possibilitará na construção de um país mais justo.
Disciplina: Direitos Humanos
Vídeo Aula:6
Direito
Internacional e Educação em Direitos Humanos
Cidadania é o direito a ter direitos, quando o indivíduo perde a
cidadania ele torna-se vulnerável.
Como sabemos, o embrião com o passar do tempo torna-se um bebê e ainda
quando bebê ele ao nascer recebe o seu primeiro documento denominado de
Certidão de Nascimento, essa certidão o dará muitos direitos, dentre eles o de
freqüentar uma escola.
É importante reconhecer que cada país tem sua constituição, por exemplo
uma criança é considerada brasileira se nascer em território brasileiro, já uma
criança é considerada alemã se seus pais forem alemães.
É fundamental que todos, inclusive os educadores tenham conhecimento da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, onde em seu primeiro artigo
ela defende que todos os Homens nascem livres e iguais em dignidade e direito,
são dotados de razão e consciência e devem agir uns com os outros com o
espírito de fraternidade.
Foi criado a proteção dos direitos, para que não haja nenhuma razão do
indivíduo não ser considerado pessoa.
A Família, o Estado e a Educação são responsáveis e devem fazer valer a
implementação dos artigos da Declaração dos Direitos Humanos.
Cada ser humano deve ser tratado e respeitado pelas suas
especificidades e singularidades.
Nós educadores não somos diferentes, devemos sempre primar por uma
educação de qualidade, considerando cada pessoa com sua peculiaridade e dar a
ela o que ela realmente precisa, cada qual com suas necessidades, por exemplo a
atenção dada a um portador de necessidades especiais não é a mesma dada a um
educando que não porta nenhuma necessidade especial, cada um tem suas
características e isto deve ser ressaltado, valorizado, respeitado e
trabalhado.
Devemos universalizar o direito a todos e especificar esse direito a
cada um, dentro de sua especificidade, é uma realidade que ainda hoje
infelizmente não ocorre, mas que devemos sempre estar em busca.
Cada educador dentro de seu contexto deve promover atividades que
respeite a peculiaridade de cada um, esse é o papel do verdadeiro educador.
Disciplina: Convivência
Democrática
Vídeo Aula: 7
Os
Estudos Culturais e a Produção da Identidade e da Diferença
Quando
trabalhamos com o tema Identidade devemos reconhecer o Sujeito como o Sujeito
do Iluminismo, o Sujeito Sociológico e o Sujeito Pós Moderno.
Dentro desse
contexto devemos reconhecer a Identidade (A norma) e a Diferença (O outro), em
todo esse contexto deve ser levado em conta o poder, a política, ou seja, a
raça, o meio em que vivem, os grupos sociais predominantes... tudo isso demarca
a identidade e a diferença.
Afinal, a
construção da identidade e da diferença depende da sociedade, dos grupos
predominantes, eles tem o poder de hierarquizar valores e classificá - los,
exemplo: homem x mulher, Heterossexual x Homossexual..., isto tudo é
estabelecido culturalmente, tudo classifica o sujeito, o comportamento, onde
freqüentam, o gosto, a classe social, o modo de se vestir, se alimentar...
O educador
precisa entender que por mais que trabalhe com uma classe de trinta alunos, nessa
classe há diferentes grupos, que acabam se identificando de acordo com o gosto
por determinadas músicas, roupas, religião ..., tudo serve para classificar os
grupos e aquele que foge do “correto/padrão”, sofre exclusão e são considerados
a diferença.
Nós enquanto
educadores, devemos sempre desenvolver nosso trabalho primando por uma
sociedade participativa e democrática, por mais que haja na construção da
cultura a Identidade e a Diferença, temos que estar atentos a essas duas
“vertentes”, devemos sempre refletir onde e como estamos contribuindo para a
construção da Identidade e da Diferença dentro do Âmbito Educacional.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 8
A Convivência
Democrática e a Sociedade Contemporânea
Fazemos parte de um contexto muito
diversificado, hoje quando pensamos em terceiro milênio, podemos imaginar um
mundo variado, em vários aspectos, sejam eles, geográfico, econômico, político
... enfim, a transformação ocorre a todo momento.
Essa
transformação acaba criando grupos e paradigmas, padrões esses considerados
relevantes e devem ser evidenciados sempre, aquele individuo que não obedece a
esse padrão, acaba sendo excluído do meio e visto como diferente.
Cada grupo
desenvolve sua prática social, se organizando, de acordo como já foi dito com
suas características, muitas vezes acontece o choque de civilizações, isso
ocorre quando alguém – o Outro, pensa ou age diferente de mim, isso pode gerar
vários conflitos.
Quando ocorrem
esses choques, consequentemente há reações, como, movimentos sociais, ações
afirmativas, questionamento do modelo hegemônico, visibilidade crescente da
diversidade, todos esses aspectos – reconhecimento, partem da base da
convivência democrática.
Nós educadores
devemos fazer valer o nosso papel e praticar uma política inspirada no
multiculturalismo, política essa que objetiva a inclusão de todos os grupos,
valorizando as diferenças.
Vídeo Aula:9
Constituição do
Sujeito de Direito
O indivíduo
quando é fecundado torna-se um embrião, com o passar do tempo um bebê e com o
seu desenvolvimento uma criança.
De acordo com
o Direito das Crianças 1989 o individuo é considerado criança do zero aos
dezoito anos e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente 1990, o individuo é considerado criança dos zero aos doze anos e a partir dessa idade
até os dezoito anos é considerado adolescente.
O Estatuto
defende que a criança é um sujeito de direito pleno que está em desenvolvimento
e por esse motivo precisa da proteção integral, protegida de toda forma de
negligência, exploração, omissão e de questões que possa atingir o seu
desenvolvimento integral.
A violência
contra a criança infelizmente pode acontecer em todos os lugares do mundo e
isto determina o estágio de desenvolvimento de determinado país.
Nós
educadores, devemos ter conhecimento do Estatudo da Criança e do Adolescente e
é importante que a família também o conheça, pois isto fortalecerá nossas
ações, garantindo a proteção integral de cada indivíduo.
O Diálogo é
uma ferramenta pedagógica que deve ser utilizada sempre, pois com isso
poderemos oferecer formas de diminuir o uso da violência, possibilitando trocas
de experiências/dúvidas ... primando sempre em usar a palavra no lugar da
violência.
O ambiente da
sala de aula / da escola deve ser um espaço onde o diálogo se perpetue, nossos
educandos devem sentir segurança no meio em que frequentam, pois sabemos e é
importante ressaltar que o diálogo deve ser visto como uma ferramenta que pode
transformar o individuo, garantindo a ele todos os seus direitos.
Disciplina:Direitos Humanos
Vídeo Aula: 10
Educação em
Direitos Humanos no Brasil
É importante e fundamental que
todos entendam e conheçam todo o processo da história da educação em Direitos
Humanos no Brasil que não dissociou da história política e social do país, sua
trajetória não se resume ao momento de instalação do Plano Nacional de Educação
em Direitos Humanos, sua gestação atravessou processos de lutas e conquistas
por direitos.
Nós cidadãos que fazemos parte de
uma sociedade, precisamos participar dela e contribuir para que a mesma esteja
sempre em favor de justiça de igualdade.
Sempre estivemos em luta pelo
direito a Educação.
Nossa luta pela Educação merece
uma atenção a partir de 88 que se firmou ao cidadão encontrar, entender e viver
em Democracia.
Devemos enquanto cidadão e
educador enfatizar que Direitos Humanos antes de ser uma ação
institucionalizada se constroem enquanto modos de ser e de agir no dia a dia de
nossas vidas.
Acima de tudo o Direito deve ser
visto como uma cultura, mudando a mentalidade, a prática... enfim transformando
a cultura na qual estamos inseridos.
É importante ressaltarmos o
momento de Ditadura, onde muitos resistiram a opressão e lutavam por seus
direitos, conhecer esse passado é fundamental para o indivíduo resistir a
violência que muitas vezes está na família, escola, rua ... violência esta que
deve ser combatida e vencida.
A Ditadura foi um cenário para a
Cidadania Ativa, onde havia denuncias e críticas ao silêncio.
Estamos em um momento de
consolidar a Democracia, conhecer direitos e saberes para se proteger.
Hoje a realidade é outra, nosso
passado podemos dizer que foi bem cruel, havia muita censura, se escondia
livros, não se respeitava nem as liberdades consideradas fundamentais.
Dos movimentos de resistência
aprendemos muito, principalmente a educar em direitos para conquistar e viver
em democracia, podemos citar como conquistas desses movimentos as Eleições
Diretas e a Constituição Federal de 1988.
A Educação em Direitos Humanos
aconteceu na prática conquistando a abertura política, onde podiam perguntar,
argumentar, questionar, expor suas ideias, seus desejos, anseios... enfim, uma
educação exercida com criticidade.
Devemos ter clareza que
Democracia significa não apenas criar direitos, mas também reinventá-los e a
Educação em Direitos Humanos deve ser reconhecida e exercida como um conteúdo a
ser trabalhado em nosso âmbito educacional na Educação Básica e no Ensino
Superior.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 11
Políticas Culturais, Multiculturalismo e Currículo.
Se queremos
construir um mundo onde todos tenham os mesmos direitos e deveres, temos que começar a fazê –los valer
em todos os espaços de convívio social, seja em casa, na escola, no trabalho...
Todos devem
reconhecer que as leis servem igualmente a todos, não devemos atribuir “cargos”
a vantagens para determinadas situações.
Não
é por exemplo, porque dou aula para a filha da “diretora/coordenadora” e essa
aluna nunca me traz os deveres de casa feito, que eu como educadora devo não
conversar com a mesma e solicitar providências da família, minha postura e
atitudes diante de todos deve ser a mesma.
Se
eu diferenciar meu “tratamento” com meus educandos, estarei praticando uma
política segregacionista.
É
importante reconhecer que no cotidiano escolar acontece também a política
assimilacionista, ou seja, quando o individuo entra na escola e depara com uma
cultura totalmente diferente da dele, muitas vezes o individuo transgride,
resiste se nega a realizar algo e
tornando-se indisciplinado..
Além
dessa política é importante reconhecermos e ressaltarmos a política
integracionista, nela as diferenças são vistas e trazidas para o convívio
social, não havendo exclusão.
É
importante que o educador reconheça as políticas e suas características citadas
acima e tenha clareza do que é multiculturalismo.
O
Multiculturalismo pode ser conservador, liberal, pluralista, essencialista de
esquerda e crítico, cada qual com suas características, quando identificado o
educador deve se atentar a sua prática pedagógica e reconhecer a qual está
ligado.
O Conservador,
as diferenças são reconhecidas mas nessa visão a cultura tida como a verdadeira
é a única que deve ser trabalhada.
Na visão
Liberal é reconhecido que há várias culturas mas só será valorizada aquela que
tiver poder.
A visão
Pluralista é visto que as pessoas e/ou grupos tem características diferentes,
numa sociedade democrática mas é necessário que crie-se espaços onde essas
características sejam expressadas e as identidades valorizadas.
Na visão Essencialista a Esquerda na prática
há momentos de vantagens e outros de desvantagens em relação a determinados
grupos.
Já na visão
Crítica valoriza as diferenças, reconhece a importância dos grupos diferentes e
todos têm o mesmo tratamento, tanto os considerados vantajosos, quanto os
considerados não vantajosos.
Desenvolvemos
em nosso cotidiano escolar o Currículo e assim como o Multiculturalismo, o
Currículo também apresenta visões, características diferentes.
É importante
reconhecermos que currículo é toda experiência da escola ou a partir da escola
é toda experiência adquirida -
experiência cultural.
Toda decisão
curricular é um ato político.
O Currículo
pode ser conservador, ou seja, primando por uma cultura homogênica oferecendo
aprendizado lento.
O Currículo
Assimilacionista, tem como objetivo convencer as crianças a ser de um único
jeito.
Já no Currículo Inter Cultural ou Crítico a
diversidade é reconhecida e trabalhada, valorizando as culturas que freqüentam
a escola.
Nós enquanto
educadores devemos nos atentar a nossa prática pedagógica e reconhecer nossa
visão e postura diante das diversidades culturais encontradas no âmbito
educacional.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 12
Multiculturalismo
Encaminhamentos Pedagógicos
“ Fale, e eu esquecerei; Ensina-me, e eu poderei lembrar; Envolva-me, e eu
aprenderei”. (Benjamin Franklin)
É importante que a realidade de nossos educandos sejam levados para
dentro da classe, sua vivência seja reconhecida e valorizada.
Quando propomos um currículo multicultural devemos prestigiar
procedimentos democráticos, propiciando momentos onde haja reflexão, debate,
análise... sobre as práticas sociais, promovendo o entrecruzamento de culturas
e criando uma ambiente de resistência a reprodução da ideologia dominante,
consequentemente práticas essas farão com que ocorra o questionamento das
relações de poder, recorrendo a política
da diferença, evitando a homogeneização.
Nossa prática pedagógica tem que ir além dos livros didáticos, devemos
tematizar, ou seja, abordar um assunto de diversas maneiras, colocá-lo na
realidade do educando, tudo deve ser valorizado, a vivência, o repertório do
aluno, quando propomos essa prática devemos nos atentar as metodologia
utilizada, recorrendo quando necessário a recursos diferenciados, tornando as
aulas além de prazerosa também significativas.
Quando abordamos e exploramos um determinado tema, este deve ser
analisado e reconhecido que por mais que tenha se passado ainda podemos encontrar
características presentes, esta é uma abordagem denominada de etnográfica.
Afinal todo conhecimento está sendo construído a todo momento, ele é transitório.
Disciplina:Direitos Humanos
Vídeo Aula: 13
Educação em
Direitos Humanos nos Documentos de Referência
Os Direitos Humanos devem ser reconhecidos como uma conquista e trabalhado
efetivamente em todos os âmbitos, dentre eles o Educacional.
O século XX, foi considerado o momento de inserção dos Direitos Humanos
nos documentos internacionais.
A medida que os países pactuavam com a necessidade de trabalhar os
Direitos Humanos, temas relevantes, tais como, o Genocídio, Guerra, Exploração
Sexual, Racismo... os Estados criaram organismos para além de pactuar,
monitorar a sua criação e atuação nas
áreas dos Direitos Humanos.
Todos os envolvidos, à medida que pactuavam o Estado passava a ter
responsabilidades e exercer internamente de acordo com sua legislação os
Direitos Humanos, tornava-se necessário inseri-lo nas leis e nas políticas
públicas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu artigo XXVI, onde
aborda O Direito á Educação defende:
_ A instrução será orientada no sentido de pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos Direitos Humanos e
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a
tolerância e a amizade entre todas as Nações Unidas em prol da manutenção da
paz.
Outro documento que merece atenção é a Convenção sobre os Direitos da
Criança – 1989, onde em seu artigo 19 defende que os Estados partes adotarão
todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais
apropriadas para proteger a criança contra todas as formas de violência física
e mental, abuso ou tratamento negligente, maus tratos ou exploração, inclusive
abuso sexual, enquanto a criança estiver sob a custódia dos pais, do
representante legal ou de qualquer outra pessoa responsável por ela.
Esses documentos entre outros contribuem para a formação do indivíduo e
sua proteção.
Em 1960 houve a Convenção relativa à luta contra as discriminações na
Esfera de Ensino, defendendo que: Discriminação é toda distinção, exclusão,
limitação ou preferência, com fundamento na raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou qualquer outra opinião.
Devemos em nosso contexto educacional, primar por uma Educação onde se
perpetue a Diversidade.
Dentre os Documentos desenvolvidos para fundamentar o tema Direitos
Humanos, é importante ressaltarmos O Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais desenvolvido em 1966, onde defendia que a Educação não poderia se
restringir a Igualdade de Oportunidade, mas, cada pessoa deve implicar –se na
realização de direitos, A Educação de Direitos Humanos deve ser reconhecida,
pois faz parte da Educação.
A partir de 1974 a
Unesco cria instrumentos específicos para tratar da Educação de Direitos
Humanos, pois torna-se essencial que haja formação de professores, o tema em
questão faça parte da política de educação, os conteúdos abordados e o plano
desenvolvido devem ir de encontro com uma proposta que valorize a Educação em
Direitos Humanos.
Em 1988 cria – se o Protocolo Adicional à Convenção Americana de
Direitos Humanos em matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Baseados nesses documentos, podemos afirmar que nosso objetivo
principal enquanto educadores é formar cidadãos ativos, onde o que é proposto –
teoria, possa se efetivar na prática, uma deve ligar a outra, “meu discurso
deve ir de encontro com minha postura- atitude”.
Essa mentalidade deve ser reconhecida e praticada por todos e em todos
os espaços, formais e não formais, pois sabemos que educação se faz em todos os
espaços.
Em 1933 acontece a Declaração e Plano de Ação de Viena, onde é
ressaltado a importância da informação pública, como meio de se obter relações estáveis
e harmoniosas e de fomentar o entendimento mútuo, a tolerância e a paz.
Se reconhecemos que a Educação em Direitos Humanos é importante, então
torna-se fundamental que todos possam ter acesso a ela.
Em 1994 foi aprovada a Declaração sobre o Ensino dos Direitos Humanos,
em 2001 acontece o Plano Regional sobre a Educação em Direitos Humanos na
América Latina e em 2010 há o Pacto Internacional de Educação em Direitos
Humanos, onde é ampliado a política e a direção ideológica.
Podemos perceber que a União Européia e a América Latina começam a
institucionalizar – inserir a Democracia e a Educação para a Cidadania vista e
praticada como Currículo para a Educação Formal.
A ONU estabelece o Programa onde todos os países passam a incluir a
Educação em Direitos Humanos em todos os âmbitos.
O sistema de ensino deve pautar-se pelos valores: responsabilidade
mútua, igualdade, respeito, fraternidade, autonomia, auto-estima ...
Pois com base nessa educação construiremos uma Cultura Democrática, mas
é importante ressaltarmos que a Educação em Direitos Humanos deve estar ligada
aos Parâmetros Curriculares, ao Plano de Ensino.
A Escola deve
ser um espaço ativo para a Educação em Cidadania, cada um, professores-educadores-funcionários...
deve conhecer a lei que rege a Educação em Direitos Humanos e a mesma deve
fazer parte do cotidiano escolar.
Temos que primar por uma Educação em Valores, em Direitos, construir
cidadãos capazes de criticar, dialogar, questionar, tendo consciência de sua
liberdade que deve ser exercida com responsabilidade, tornando cidadãos ativos.
Disciplina:Direitos Humanos
Vídeo Aula:14
Dimensões da Educação em Direitos Humanos
Embora a Declaração Universal dos Direitos Humanos se faz presente
desde 1948, sua prática se efetiva a partir de 1995 – 2005.
O Plano Educacional em Educação em Direitos Humanos é um marco no tema
em questão, esse Plano foi realizado em 2003 e revisto em 2006, tornando-se um
compromisso com o Brasil em Política Nacional em Educação em Direitos Humanos,
orientando as instituições para praticar o tema.
Se temos como objetivo desenvolver uma Educação em Direitos Humanos,
primando pelos princípios de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, devemos
exercer em nossa prática, atitudes que reconheçam valores e uma educação
voltada a Democracia, onde todos percebam que fazem parte do processo de
construção da Educação.
Os educandos devem expressar suas opiniões, criticando, debatendo,
tornando protagonista do âmbito que participam, seja ele formal ou não formal,
reconhecendo que a construção para ser significativa deve ser coletiva e o
educador deve quando julgar necessário utilizar em seu cotidiano escolar
metodologias diversificadas e participativas.
Os conteúdos abordados devem estar relacionados a Educação em Direitos
Humanos, conteúdos esses que quando explorados devem ser relacionados aos
contextos internacionais, nacionais e locais.
Se queremos oferecer uma Educação direcionada aos Direitos
Humanos, devemos nos atentar que o Tema
em questão nos oferece conceitos, história, normas e instituições, todos esses
tópicos estão interligados e devem estar claros a todos os envolvidos.
Os valores servem como guia de atitudes e práticas sociais que
expressem a Cultura dos Direitos Humanos, podemos exemplificar como a Liberdade
com Responsabilidade, Participação, Pluralismo, Diversidade, Inclusão,
Solidariedade e Cooperação, Dignidade Humana ... entre outros, valores esses
fundamentais para a Construção de uma Sociedade Justa e Democrática.
Além disso, os educadores devem tornar suas aulas mais atrativas,
prazerosas e significativas, utilizando metodologias diversificadas e
participativas, reconhecendo que a Construção acontece coletivamente,
utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados, devemos
privilegiar a participação crítica de cada educando, problematizando suas
vivências.
Pois tal prática favorecerá na construção de educandos ativos,
participativos, questionadores e críticos.
E nós contribuiremos para a prática da Educação em Direitos Humanos.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 15
A Produção da
Identidade – Diferença Culturais Juvenis e Tecnocultura.
Em nosso cotidiano escolar temos
contato diário com jovens, a juventude
pode ser vista como uma concepção natural (hormônio, maturação) ou concepção
Cultural (além dos hormônios, da maturação, o individuo sofre influencias no
contexto)
Os Jovens
passam por culturas juvenis, essas culturas dependem das condições históricas e
do discurso,Culturas essas vistas como o resultado das condições econômicas,
políticas e culturais de cada época e local, além disso, os discursos
influenciam muito.
Há padrões
diferentes da juventude, ou seja, os jovens se organizam em grupos, cada qual
de acordo com suas características de identificação, criando muitas vezes
paradigmas, “aqueles” que fogem do padrão se encaixam a esses padrões
diferentes.
Outra
característica bastante relevante dos jovens é a tecnocultura, ou seja, a
maioria do jovem urbano tem uma cultura na internet, essa prática faz com que
muitos vivam um conjunto de ações diferentes das que vivem na vida – cotidiano,
tornando-os muitas vezes inseguros em relação a vários fatores, tais como,
violência – relacionamento...
A Comunidade
Escolar deve desenvolver ações – práticas objetivando um trabalho democrático
em relação a Tecnocultura, já que a mesma torna-se cada vez mais presente na
vida de cada discente.
Esse trabalho
deve reconhecer a identidade de cada um e ressaltar, valorizando a diferença e
o papel de cada um dentro da construção desses elementos.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 16
Encaminhamentos
Pedagógicos: Blog no Ensino de Ciências
Nós educadores devemos fugir do
“tradicional”, se pretendemos tornar nossas aulas prazerosas, interessantes e
significativas devemos recorrer a metodologias diversificadas, pois muitas
vezes a ferramenta utilizada no contexto escolar para explorar determinado conteúdo, torna-o mais fácil de
ser entendido e a aula muito mais eficaz, primar por uma educação de qualidade
é o objetivo de um bom educador.
A internet é
uma ferramenta do jovem urbano, lá ele utiliza sua linguagem, expõe seus
desejos, produz... são influenciados em suas identidades.
A Escola deve
mapear essa prática cultural, manter diálogo com o educando, trazer para a
escola a vivencia do discente.
Uma boa
prática Pedagógica é a criação de um Blog, ele deve ser motivador, criado por
todos, todos devem contribuir “passo a passo”, a disciplina escolhida- o
conteúdo explorado deve ir além da classe, ou seja, fazer um paralelo com o
Blog, durante todo o tempo necessário, os educadores devemos orientar os alunos
fazendo sempre que necessário as adequações, fazendo uso da Tecnocultura.
Tal prática
“traz” o discente pra mais perto da escola, tornando o conteúdo abordado muito
mais significativo e a aprendizagem efetiva, práticas como essas podem fazer a
diferença, pois tem muito mais contato e eficácia com cada discente.
Disciplina: Direitos Humanos
Vídeo Aula:17
Plano Nacional
de Educação em Direitos Humanos
Direitos
Humanos é um tema que merece destaque, sabemos que muito se fez para que as
conquistas fossem alcançadas, muito foi discutido, observado e criado.
Dentre os
documentos relacionados ao tema em questão podemos citar a Declaração Universal
– 1988, após a Guerra Fria onde os Estados buscavam alternativas para minimizar
conflitos –guerras.
Há também a
Conferência de Viena 2003, onde buscavam alternativas para fortalecer o regime
democrático e efetivar os Direitos Humanos.
Todos nós
devemos primar por uma Educação que vá de encontro com a prática e o
entendimento dos Direitos Humanos, vivemos em um país democrático, onde deve-se
buscar direitos políticos, civis, a liberdade de expressão de organização...
A Constituição
Cidadã 1988 desenvolveu ainda mais o tema, avançando -fundamentando os direitos
sociais e políticos.
O Estatuto da
Criança e do Adolescente – 2000, também foi outro marco dessa conquista
relacionado aos Direitos Humanos, ele foi fruto de grandes debates, onde o
indivíduo passou a ser reconhecido como um sujeito de direitos e o Estado devendo
cumprir, senão seria cobrado.
Uma Educação
onde objetive trabalhar com seriedade os Direitos Humanos o concretizará em
âmbito social, político e econômico.
Mas torna-se
primordial que esse indivíduo reconheça que além dos seus direitos ele também
tem deveres.
Devemos
enquanto cidadãos conscientes e participantes da construção da sociedade na
qual estamos inseridos, efetivar a democracia que é o regime de governo que
melhor fortalece e propicia uma educação em Direitos Humanos.
Foi elaborado
o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos que teve como objetivo construir
no sistema de ensino as políticas educacionais colocando como eixo norteador os
Direitos Humanos, isso deve se efetivar nos diversos níveis de ensino- modalidades,
além disso objetivou também formar – preparar profissionais para que possam
entender o sistema de justiça e de segurança a favor do bem social, protegendo
o ser humano, além de destacar o papel da comunicação- mídia que nos remete
conteúdos – significados e valores.
Nós educadores
devemos nos atentar a esse tema e levar para o cotidiano escolar temáticas para
o interior de nossas disciplinas, objetivando em nossa práxis participar da
construção de uma sociedade mais justa e um país mais democrático, onde todos
possam se sentir mais gente, reconhecendo a importância de seu papel e
exercendo seus direitos e deveres .
Disciplina: Direitos Humanos
Vídeo Aula:18
Educação em
Direitos Humanos e Ambiente Escolar
Educação em
Direitos Humanos acontece em todos os espaços, no âmbito educacional não é
diferente, ele é um espaço onde essa prática deve ser refletida, discutida e
acontecer sempre, todos os envolvidos na escola seja professor, aluno,
funcionário, equipe gestora ... devem falar a mesma “língua” e ter um único
objetivo, que é formar cidadãos capazes de lutar por seus direitos,
reconhecendo seus deveres e valorizar sua pratica em valores, que servirão para
o bem comum de todos, valores esses passados pelos indivíduos em várias
esferas.
A Educação tem
um papel central – estratégico, na formação dos Direitos Humanos.
A Educação em
Direitos Humanos, deve ser trilhada e não vista apenas como um mero objetivo a
ser alcançado, trata-se de um modo de vida que deve orientar a vida na escola e
na sociedade.
Toda a bagagem
que o educando traz consigo para dentro da escola deve ser reconhecida e
abordada, as vivências e convivências em ambientes democráticos devem ser
orientados tendo em vista os Direitos Humanos.
Nossos
educandos devem ser encorajados a participar e a perceber que sua atuação
diante do desenvolvimento da construção do seu conhecimento é fundamental para
o seu crescimento e amadurecimento, ele deve ser reconhecido como protagonista
e responsável por suas ações, ações e práticas voltadas a promoção dos Direitos
Humanos.
É necessário
que haja uma articulação entre a Escola e a Comunidade Local, pois sabemos que
a educação vai além dos muros da escola, todos são responsáveis por uma
educação de qualidade e uma sociedade mais justa e democrática.
O Ambiente Escolar deve ser um espaço que
efetive ações, experiências vividas, por cada um dos participantes, nesse
espaço há múltiplas relações com o entorno havendo condições sócio-afetivas,
para que a Educação em Direitos Humanos aconteça, um dos pontos fundamentais é
a infraestrutura para a realização de propostas culturais educativas.
Outro fator
que favorecerá o tema em questão é a Metodologia utilizada pelos educadores,
devendo ser participativa e integradora, ressaltando a cada um a importância de
colocar em prática o que é dito, falado, discutido, argumentado... no cotidiano
escolar.
Afinal,
fazemos parte de um contexto social que prima pela democracia, para que isso se
efetive é necessário a participação de todos, sociedade esta que há leis –
regras, que guiam nossas vidas, a participação para tomadas de decisões e o
conhecimento de documentos que fundamentam a importância de construir um
ambiente escolar democrático onde realmente haja Educação de Direitos Humanos
deve ser parte do Currículo, possibilitando a todos um melhor entendimento e
uma prática efetiva na construção de um espaço-sociedade (formal ou não
formal), cada vez melhor.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula: 19
Relações
Etnicorraciais na Escola
Munanga,
2004 define raça como sorte-categoria-espécie, utilizado na zoologia e botânica
para classificar espécies animais e vegetais.
Com o passar do tempo essa ideia foi
se modificando, todos começaram a reconhecer que raça está ligada ao rastro da
hierarquização-escala de valores (biológico x qualidades morais, intelectuais,
culturais e psicológicos), como consequência dessa hierarquização, mesmo sem
validade cientifica o termo raça continua valendo em nível político-ideologico,
pois tem vários significados em partes diferentes do mundo.
Pois
infelizmente a ideia posta era que a raça branca era superior a negra e a
amarela.
Nós devemos ter clareza da definição
do termo raça, racismo e etnia.
Racismo é o conjunto de teorias e
crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre a etnias ou
doutrina ou sistema político fundado sobre o direito de uma raça( considerada
pura e superior), de dominar outras, está é uma definição do Dicionário
Houaiss.
Etnia é o
conjunto de indivíduos que historicamente ou mitologicamente têm um ancestral
comum, um língua em comum, uma mesma religião ou cosmovisão, uma mesma cultura
e moram geograficamente num mesmo territórtio.
Como podemos
perceber Etnia é o mesmo que raça, nós educadores devemos abordar esse termo e
explora-lo tornado-o claro a todos, devemos sim refletir sobre essa hierarquia
de raças que reflete o poder .
Afinal fazemos
parte de um país de mestiços, ou seja, as oportunidades devem ser iguais, infelizmente ainda hoje isso não
acontece, torna-se necessário que nosso trabalho seja efetivo em relação a esse
tema, as diversas questões decorrentes a ele.
A população
discente branca é privilegiada, devemos analisar nossas atitudes e refletir
sobre nossa práxis, ou seja, teoria – prática, reflexão – ação diante dessa
afirmativa.
Devemos sim,
primar por uma educação de justiça seja ela social ou curricular, o tratamento
diante desse tema deve ser de Equidade.
Todos devem
ter os mesmos direitos e “aqueles” considerados menos privilegiados devem ter
as mesmas oportunidades.
Disciplina: Convivência
Democrática
Vídeo Aula: 20
Diferentes Possibilidades Culturais no
Currículo Escolar
Em
todos os espaços pode-se dizer que as Identidades e as Diferenças são expostas,
mas é importante ressaltar que a sala de aula é o espaço onde ambas são mais
demarcadas.
É
na Família, na Escola e na Comunidade que as Diferenças e as Identidades são
construídas, denominadas, exploradas...
Nós
educadores devemos nos atentar a essas Identidades e Diferenças, valorizando
culturas individualizadas no Currículo Escolar, não deixar de trabalhar
possibilidades culturais, pois a escola é um espaço onde ocorre a convivência
desses grupos discentes, cada qual com suas características.
É
essencial e importante que o educador trace o perfil da comunidade da qual seu
aluno está inserido, esse perfil pode ser feito por meio de um mapeamento de
preferência com a participação direta docente.
A
partir desse mapeamento cultural, o educador poderá elencar as dificuldades e
facilidades encontradas para o trabalho com as manifestações culturais
encontradas.
Esse
trabalho deve ser bem desenvolvido, pois as características da cultura na qual
a escola está inserida deve ser reconhecida, valorizada e trabalhada.
Além
disso, devemos desconstruir a hegemonia cultural branca, seus benefícios á
população discente das escolas públicas brasileiras.
Temos
que desenvolver trabalhos de conscientização, onde haja a descolonização e a
justiça curricular.
Pois
tal prática favorecerá um estreitamento entre os discentes e a escola, e isto
torna-se o trabalho mais eficaz.
Disciplina: Direitos
Humanos
Vídeo Aula:21
EDH na Sala de Aula
Podemos
e devemos propiciar um espaço onde a aprendizagem seja vista e desenvolvida
como uma troca e os envolvidos devem estar abertos para o “novo” e podendo incorporar
o novo a maneira do sujeito viver a vida, modificando suas relações com o
mundo.
O
educando-sujeito que aprende, deve ser reconhecido como a figura central do
processo, não podemos reduzir a aprendizagem a mera apreensão de conteúdos,
todos devem interagir, pensar, criticar... enfim, participar da aprendizagem.
O
Direito Humano é um conteúdo que deve ser abordado e explorado da melhor forma
possível, por todos os envolvidos, trabalhado de forma interdisciplinar e
transversal.
Em
caráter interdisciplinar o Direito Humano deve ser compreendido mediante a
integração de diferentes disciplinas, diz respeito a maneira de organizar o
conhecimento no Currículo.
Em
caráter transdisciplinar, são desenvolvidos temas e eixos temáticos relativos a
Educação de Direitos Humanos, onde essa educação é integrada as disciplinas, de
forma a estarem presentes em todas elas e contextualizadas na realidade,
referem-se a maneira como os seres humanos aprendem.
Os
Temas Transversais devem estar ligados ao cotidiano da Comunidade, aos seus
interesses, as suas necessidades, são temas problematizados.
Dessa
forma, a vida de cada indivíduo é relacionada ao Currículo trabalhado no âmbito
educacional, abordando temas relevantes socialmente.
A
característica central desse trabalho é a relação que se estabelece entre
aprender conhecimentos teoricamente sistematizados e as questões da vida real,
aprender na realidade e da realidade.
Essa
Metodologia torna as aulas muito mais interessantes e significativas, pois os
alunos aprendem reconhecendo e fazendo, participando da construção do saber.
Metodologias
como essa são consideradas Ativas, ou seja, seus pressupostos são pautados pelo
construtivismo, onde são utilizadas técnicas, estratégias de ensino
diferenciadas, tornando um fator importante para a aprendizagem.
É
fundamental que toda a bagagem trazida por nossos educandos seja respeitada e
valorizada, tornando motivações para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Todo
o trabalho deve ser pensado, analisado e explorado da melhor forma possível, o
processo de construção de conhecimento acontece por meio de atividades
individuais e sociais, devemos todos entender que problematizar a sociedade, constrói
uma aprendizagem participativa, significativa e de qualidade.
Devemos
primar por uma educação onde nossos alunos possam ter a liberdade de expor suas
ideias, de olhar e querer transformar a sociedade, tendo uma consciência
crítica.
Em
nosso cotidiano escolar devemos propiciar momentos onde haja reflexão, os
problemas da realidade devem ser partilhados e direcionados ao tema Direito
Humano, a problemática vivida por nossos educandos devem ser reconhecida e a
bagagem trazida por cada um deve ser valorizada no âmbito educacional, todos
devem ter um único objetivo, que é participar da construção de uma sociedade
justa e democrática, onde o respeito seja efetivado em todos os âmbitos e por
todos, independente do gênero.
Disciplina:Direitos
Humanos
Vídeo Aula:22
Educação em Direitos Humanos, Inclusão e
Acessibilidade.
A
Educação em Direitos Humanos tem como principal objetivo formar sujeitos que
percebam seus direitos, os entenda e os pratique.
Os
indivíduos que apresentam deficiências, transtornos globais de desenvolvimento
e com altas habilidades de superdotação, também devem ter acesso a educação de
direitos humanos.
A
Acessibilidade é a efetiva dignidade, garantindo a todos a participação e
autonomia no contexto do sistema de ensino.
O
respeito é o ponto fundamental para o exercício da Educação em Direitos
Humanos, é importante ressaltar que o respeito ás diferenças é um movimento que
intensificou na década de 90.
Devemos
enquanto educadores, praticar o exercício em nosso cotidiano escolar que
valorize a Igualdade, a Diferença, as Deficiências, Necessidades Especiais... pontos esses fundamentais para a
construção de uma realidade melhor, mais justa e democrática.
Na
Antiguidade, quando o indivíduo apresentava alguma deficiência, ele era
excluído da Sociedade, já na Idade Média com o Cristianismo se trabalhava mais
com a perspectiva de aceitar as diferenças, mas ainda assim a deficiência
física, intelectual ou sensorial era atrelada ao pecado, causando na sociedade
o sentimento de caridade e piedade.
Vista
a impossibilidade de cura, inicia no final da Modernidade o interesse dos
educadores e psicólogos em estudar e acompanhar o desenvolvimento dessas
pessoas.
Na
Contemporaneidade começam a pensar sobre a integração dessas pessoas em todos
os contextos, sejam eles formais ou não.
Devemos
efetivar uma prática pedagógica baseada nas diferenças e nos Direitos Humanos,
e nos fundamentar na Declaração Universal dos Direitos Humanos entre outros
documentos baseados no tema em questão.
É
fundamental destacarmos que o Brasil tem uma evolução marcante, principalmente
a partir da Constituição de 1988, tornando-se um marco, em seu artigo 205 é
defendido o Direito de Todos a Educação e em seu artigo 208 o Atendimento Educacional
Especializado aos alunos da Educação Especial torna-se um direito assegurado –
Constituição, visto transversalmente a todas as Políticas.
A
Lei de Diretrizes e Bases, traz um capítulo específico a Educação Especial
assegurando a todos um Currículo Adaptado, acessível no Sistema de Ensino,
atendimento especial e especializado assegurados também no Estatuto da Criança
e do Adolescente.
A
Política de 94, traz em uma de suas resoluções as diretrizes e bases voltadas a
inclusão de alunos de educação especial.
Em
2008 foi publicada pelo Ministério da Educação a política nacional de educação
especial na perspectiva da educação inclusiva, tornando-se um marco,
especificando seu público alvo que é a educação inclusiva.
Temos
que primar enquanto cidadãos e educadores práticas que levam a reflexão sobre a
condição humana de cada indivíduo, a importância do respeito e da diferença,
além da participação de todos na construção de uma sociedade democrática, onde
todos possam ter direito a ela.
Temos
que primar por um espaço que haja acessibilidade seja na área arquitetônica, comunicativa, pedagógica,
tecnológica e informativa.
Se
queremos uma política de inclusão, devemos efetivar a participação dos alunos
que apresentam deficiência, transtornos globais no desenvolvimento e com altas
habilidades de super dotação,.
Devemos
no âmbito educacional dar suporte a esses educandos, é direito de todos a
Educação em Direitos Humanos, é necessário que haja um especialista que
trabalhará com o apoio do educador da classe, para que ambos possam suprir as
necessidades de cada educando, as salas de recurso também é uma prática
fundamental para que os objetivos sejam alcançados, ela poderá funcionar em
horário contraturno, de acordo com a necessidade do educando, devemos todos nos
especializar para que possamos com maestria garantir ao educando seu
desenvolvimento e progresso em todos os âmbitos.
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo Aula:23
Relações Sociais e de Gênero:Um Direito e
uma categoria de análise
O Gênero é um tema que merece
atenção, pois nasce nas lutas por Direitos Sociais e faz parte da construção da
Cidadania.
A
Constituição de Gênero está ligada a ampliação do direito das mulheres, pois
sabemos que as mulheres a muitos anos lutam por seus direitos, criando
movimentos que vem se fortalecendo, podemos
citar o direito ao voto, ao trabalho remunerado, direito de ir e vir, entre
outras conquistas.
Além
disso, o Gênero está ligado a Constituição de Desigualdade no nosso país,
ocasionando muitas vezes conflitos em áreas diversas, abordando várias
temáticas.
Além
dos movimentos feministas, podemos citar os movimentos sociais que tornaram-se
símbolos do desafio de estruturas históricas, um grande exemplo é a parada gay,
realizada todos os anos, contando com o apoio de todos que lutam contra o
preconceito e a exclusão social.
Os
Movimentos Sociais são fundamentais para a construção de uma sociedade mais
justa e democrática, pois muitos grupos-pessoas por “fugirem dos padrões
estabelecidos” sofrem repressão sexual, agressividade, injustiça... ocasionando
sérios problemas.
De
acordo com as Relações Sociais de Gênero podemos destacar os avanços e as permanências
de determinados comportamentos em atitudes:
AVANÇOS:
- Variedade de Estruturas Familiares e Domésticas;
- Incorporação das Mulheres no Mercado de Trabalho remunerado fora do Lar;
- Estruturação Global do Movimento Feminista;
- Questionamento da Heterossexualidade Compulsória;
PERMANÊNCIA:
- Segmentação do Mercado de Trabalho;
- Transposição do patriarcado para a fábrica;
- Socialização de Gênero;
- Heterossexualidade com Padrão;
Mesmo
com toda a informação e trabalho de conscientização contra o preconceito
acontecendo em vários âmbitos, ainda hoje podemos cair no essencialismo que
iguala todas a mulheres, comportamento este construído em vários lugares, onde
há uma mentalidade machista, é fundamental que tal comportamento, atitude...
seja abolida.
O
Gênero é o elemento constitutivo das relações sociais, baseadas nas diferenças
percebidas entre os sexos dando espaço ao processo de construção social.
Devemos
enquanto educadores e participantes da formação de nossos educandos nos atentar
ao desenvolvimento do Caráter Social e Relacional, ou seja as relações de poder
que é estabelecida entre os indivíduos, todo esse processo torna-se responsável
pela transformação da história em natureza, do arbitrário cultural em natural .
Disciplina: Convivência
Democrática
Vídeo Aula:24
Gênero e Diversidade Sexual: Desafios para a
Prática Docente
O
Estado e suas Políticas Nacionais e Locais interpretam e regulam várias das
Concepções da Família, Reprodução, Educação, Estilo de Vida... muitas dessas
concepções estão entrelaçadas com a construção das relações de gênero.
Podemos
afirmar que hoje criaram - se novas leis, um grande exemplo é a Lei Maria da
Penha.
Há
duas Dimensões que merecem destaques, são elas : o Gênero e Sexualidade que são
socialmente construídos e a segunda
dimensão amplia a análise dos processos de democratização da Educação para a
Demanda dos Movimentos sociais.
Essa
organização desses movimentos Sociais em questão de gênero em particular com o
tema sexual.
Os
Parâmetros Curriculares Nacionais trabalha o tema em questão- sexualidade, e
podemos afirmar que ele foi fortemente introduzido no currículo, através dos
próprios PCNS – Orientação Sexual, trabalhando o Conceito de Sexualidade
divididos em três blocos : Corpo/Relações de Gênero e Prevenção DST/AIDS.
A
Diversidade Sexual deve ser reconhecida, valorizada e o tema deve ser abordado
merecendo seu real destaque.
Há
os Planos Nacionais para mulheres, desenvolvendo alguns programas, tais como,
Educando para a Igualdade, Gênero Raça e Orientação Sexual, Formação Docente
para a Cidadania em Diversidade Sexual, Construindo Igualdade em Gênero, Brasil
sem Homofobia, infelizmente nesses programas desenvolvidos há fragmentação e
não articulação, ocasionando ausência de perspectivas unificadas e resistências
internas a incorporação da Temática.
Mesmo
com informações, trabalhos de conscientização há alunos que não aceitam amigos
homossexuais, demonstrando preconceitos.
Sabemos
que esteriótipos são construídos e “aquele que foge” do padrão sofre
preconceito, há pessoas que não admitem, mas são preconceituosas.
Esse
tema deve ser discutido e trabalhado para que nossos educandos possam construir
uma sociedade onde o preconceito não se efetive.
Para
isso é bom que se trabalhe com vários modelos de feminilidade e masculinidade,
devemos lutar em todas as esferas dentro e fora da escola, conscientizando e
formando docentes nessa área.
Abolindo as
Hierarquias das diferenças individuais e coletivas para que não se transformem
em desigualdade, construindo uma sociedade justa, menos desigual com Projetos
Coletivos.
Disciplina:Direitos
Humanos
Vídeo Aula:25
Comitês de Educação em Direitos Humanos:
possíveis parcerias
É
importante que todos nós saibamos que após a Conferência de Direitos Humanos é
instituído o Comitê de Educação em Direitos Humanos, composto por
especialistas, articulado com o governo, fazendo preposições as políticas
publicas voltadas aos Direitos Humanos e também deliberações nas diferentes
áreas no sistema de justiça, segurança, no sistema de ensino contemplando a
Educação Básica e o Ensino Superior, na área da mídia, da informação e da
comunicação.
O
Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos elaborou a primeira versão de
um Plano de Educação em Direitos Humanos a ser implementado no país, foi
publicado em 2003 e revisado em 2007.
Neste
Plano há orientações estratégicas que se relaciona a implementação de Comitês
em Educação em Direitos Humanos nos Estados e Municípios, que serviram de órgão
de elaboração, implementação e fiscalização da Política em Direitos Humanos e
da Educação em Direitos Humanos nos Estados e Municípios.
Os
Comitês têm como objetivo, formular a Política de Educação em Direitos Humanos
e deliberar sobre estratégias de implementação dessas Políticas e monitoramento
de fiscalização das Políticas em Direitos Humanos e de Educação em Direitos Humanos,
tornando-se uma ferramenta de defesa dos Direitos Humanos – União, Estados e
Municípios.
Os
Comitês são compostos por representantes do Governo, de Movimentos Sociais ou Organizações
não Governamentais, também deve se vincular com as diferentes áreas ou com as
diferentes Organizações que tratam dos Direitos Humanos, podemos citar como
exemplo, o Ministério Público, Conselho Tutelar..., todos os envolvidos devem
pensar na multiplicidade dos Direitos Humanos, elaborando os Planos Estaduais e
Municipais.
É
necessário que nosso trabalho seja voltado a essa visão, protegendo o indivíduo
a dignidade humana.
Os
Comitês são organizações e devem formar os sujeitos na área de Educação em
Direitos Humanos, para que tenham perspectivas de formar Sujeitos Conscientes
de seus Direitos.
Disciplina:Direitos
Humanos
Vídeo Aula:26
O Papel da Escola no Processo Educativo de
Direitos Humanos
A Escola é um
espaço onde há socialização, aprendizagem, troca, participação, todos aprendem
com as diferenças e de diferentes maneiras, há também as diferentes
aprendizagens, são elas, cognitiva, emocional e social, todos esses pontos são
fundamentais e importantes para que o indivíduo possa construir valores.
A
Escola tem uma função social, ela reúne pessoas, que podem discutir,
argumentar, questionar, pensar, criar, construir... indivíduos que socializam
os conhecimentos.
É
um espaço que possibilita conhecimentos no campo cognitivo, conhecimentos esses
que perpassam a subjetividade, onde os envolvidos tem a consciência que estão
aprendendo.
É
na escola também que devemos focar e efetivar um trabalho direcionado a
Educação em Direitos Humanos, primando pela prática do respeito consigo e com o
outro.
Desenvolvemos
em nosso cotidiano escolar Projetos, todos eles são Políticos e buscam a
construção de uma sociedade democrática e uma democracia onde todos realmente
participem, participação que desperta em cada um, valores e atitudes, ampliando
a apropriação em Direitos Humanos.
Devemos
praticar uma Educação Tolerante, a todos os tipos de preconceitos e
discriminações.
A
Educação Básica é de suma importância, pois trabalha o indivíduo desde
cedo-criança, de diferentes formas e linguagens.
Durante
toda a vida aprendemos que a escola é um espaço de diálogo, de troca de
valores, é essa a pratica que devemos adotar, os conteúdos abordados devem
estar explícitos no currículo, é importante que todos tenham conhecimento dos
documentos que norteiam os direitos e deveres, ou seja, a Educação em Direitos
Humanos.
A
Proposta Curricular deve abordar temas “questionadores” sobre os comportamentos,
atitudes... que fazem parte da construção da cidadania.
Temos
que primar por uma Educação que respeite a Diversidade, utilizando metodologias
que trabalhem esses conceitos, pois assim poderemos contribuir para que o ser
humano além de aprender, ele possa dialogar permanentemente, criticando, tendo
liberdade de expor seus desejos e reconhecendo que ele tem direitos e também
deveres.
O
Cotidiano entorno da Escola deve ser referência, a Escola deve refletir a
realidade local, suas dificuldades, seus avanços..., pois sabemos que a
Educação vai além dos muros.
Disciplina: Convivência
Democrática
Vídeo Aula:27
A Construção da Identidade e a Produção da
Diferença: A questão Religiosa
É
necessário identificarmos que é primordial trabalharmos dentro do âmbito
educacional a Pluralidade e a Singularidade, a identidade é a construção
plural, compondo a singularidade de cada ser humano, ou seja, sua vivência, a
escola/bairro que freqüenta... a base do relacionamento entre as pessoas/ a
base da democracia.
Tudo
deve ser valorizado, são múltiplos e diversos fatores, entrelaçados com a
memória e projetos que compõem a identidade do indivíduo.
A
religião pode ser reconhecida na vida do indivíduo como herança ou eleição.
Herança
é quando a religião/ a crença vem através da família passada muitas vezes de
geração a geração, já a eleição, é quando o individuo com maturidade entende e
opta pelo que realmente quer crer e seguir.
Toda
crença tem seu valor e isto está ligado a ética = Religião e Alteridade.
Quando
falamos em religião é importante identificarmos que há uma diversidade voltada
ao tema em questão.
A
Religião e a Alteridade estão ligadas ao Eu e o Outro, ou seja, tudo deve ser
respeitado, sempre com muita ética.
No
âmbito Educacional devemos propiciar momentos de reflexão voltados a
diversidade religiosa, onde o respeito se perpetue e a desigualdade não
aconteça.
Afinal,
a Religião está ligada a Cidadania, não podemos permitir que pessoa/grupos
discriminem outros por acreditarem que determinada religião é melhor/ da mais
direitos ao individuo (Estado Laico), este pensamento deve ser abolido, pois
perante o Estado somos todos iguais.
A
Constituição Federal tem dois Artigos que merecem destaques, o quinto e o
décimo nono.
O Artigo
quinto defende que todos nós somos iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza.
Já o Artigo
décimo nono defende que é vedado á União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
·
Estabelecer cultos religiosos ou igrejas ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança;
·
Recusar fé os documentos públicos;
·
Criar distinções entre Brasileiros ou preferências
entre si;
Torna-se fundamental que todos nós educadores tenhamos entendimento da
Constituição e possamos trabalhar com nossos educandos tal conhecimento.
O Tema da Religião tem âmbito
histórico, antropológico, sociológico, político, filosófico..., ou seja, âmbito
extenso onde todos consigam perceber que a consciência das pessoas vai para a
sociedade ganhando dimensões teológicas e voltando novamente para dentro da
cada um de muitas formas.
Além da Constituição devemos ter
como “guia” os Parâmetros Curriculares Nacionais que tem como base trabalhar as
diferenças, onde todos devem ser reconhecidos e valorizados sem distinção e
discriminação.
A distinção por motivos religiosos
fere a Ética, a Constituição do Brasil, sendo considerado crime.
Se queremos uma sociedade justa e
igualitária, devemos trabalhar para isso, oferecendo uma educação de qualidade,
voltada ao respeito as diferenças.
Disciplina: Convivência
Democrática
Vídeo Aula: 28
Encaminhamentos Pedagógicos na Escola
Pública sobre a questão religiosa
A
escola não pode permitir a intolerância, devemos oferecer uma educação onde
todos sejam respeitados e tenham clareza que a discriminação fere a Ética, a
Constituição e é considerada Crime.
A
Constituição de 1988 em seu artigo 210 diz que serão fixados conteúdos mínimos
para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e
respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.E seu
primeiro parágrafo defende que o Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental.
Já
o Artigo 33 da lei nº 9,394/96 defende que o Ensino Religioso sendo oferecido,
sem ônus para cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos
alunos ou por seus responsáveis, em caráter:
- Confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas;
- Interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa;
Depois de
submetido a emenda, pela Lei nº 9.475 de julho de 97 redação ainda mais
problemática do Artigo 33 da LDB:
Artigo que diz: O Ensino Religioso,
de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino
Fundamental assegurado a respeito á diversidade cultural e religiosa do Brasil,
vedadas quaisquer formas de proselitismo.
Devemos oferecer uma espaço-escola,
onde todos possam refletir a pluralidade que está na sociedade de forma
pacífica, e a Identidade seja reconhecida como uma construção plural, compondo
a singularidade de cada um, o educando tem o direito de chegar a escola e
narrar sua experiência/ vivência/religião.
Devemos sempre mostra a diferença
aos nossos educandos entre a herança
religiosa e a eleição, ou seja, direito e liberdade de consciência, primando
por uma formação democrática.