sábado, 28 de abril de 2012

MÓDULO III



 Disciplina: Direitos Humanos
 Vídeo Aula: 1
Origem Histórica dos Direitos Humanos

            É importante que todos nós reconheçamos e entendamos que as leis relacionadas aos Direitos Humanos são importantes mas não são tudo, os Direitos Humanos é a construção histórica feita pelos povos.
            A primeira manifestação dos Direitos Humanos foram realizadas por cerimônias, ritos de nascimento, nomeação / sepultamento  – assumir-se como humano.
            O importante é que os povos com o passar do tempo começaram a fazer rebeliões contra a injustiça e a desigualdade.
            O Mundo Moderno direciona poderes e riqueza a uma pequena minoria.
            Nas manifestações realizadas, o povo lutava por Liberdade, Igualdade e Fraternidade, onde podiam manifestar o pensamento, congregar com semelhantes, partilhando pensamentos/ relações de idéias.
            A segunda situação que merece destaque são as Guerras de Independência constituída na América, em busca de liberdade, de rompimento com o sistema colonial e com a Constituição de sua autonomia enquanto nação.
            As Declarações surgem num movimento de forma privilegiada.
            Apenas no século XIX mostra-se que a igualdade não se consolidou recuperando os princípios da igualdade – movimentos sociais.
            O século XX traz um espaço de debate, de guerra e isso tudo é acompanhado de tecnologia.
            A Humanidade reage ao terror da 2ª Guerra Mundial com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se anuncia para a Humanidade com uma possibilidade para além do terror.
            Devemos sempre trazer para o nosso cotidiano escolar uma pedagogia onde a paz se perpetue diariamente, sabe-se que infelizmente mesmo com manifestações e mudanças há muito a se fazer, há problemas como a epidemia da fome, problemas ambientais ... que merecem uma atenção maior .
            E como já foi dito os Direitos Humanos são construções que a humanidade vem fazendo , na luta para se tornar livres, iguais e fraternos.  


Disciplina: Direitos Humanos

Vídeo Aula: 2
Direitos Humanos na América Latina e no Brasil

            Os Direitos Humanos foi e está sendo uma conquista diária a todos nós, antigamente apenas uma pequena minoria tinha acesso a ele, tornava-se privilégio de alguns.
            As Elites estavam sempre em busca do controle político, ocasionando as rebeliões coloniais, Canudos podemos citar como um exemplo desses movimentos, pois foi um movimento onde a população conquistava um lugar com certa autonomia.
            Lutas/Movimentos/Conquistas essas que a cada dia vem se fortalecendo, podemos citar como exemplo as lutas por salários dignos, direito a organização partidária, descanso semanal, férias ...  direitos sociais e econômicos.
            Devemos como educadores desenvolver em nosso cotidiano escolar conhecimentos e práticas direcionadas a Cidadania, ela deve se fazer valer em todos os âmbitos onde o indivíduo participe.
            É importante ressaltar que muito já foi conquistado e tudo com muita luta e conflito, a sociedade sempre combateu, as guerras civis foram intensivas para que as conquistas fossem alcançadas.
            Tudo foi conquistado por todos os povos, não apenas brasileiros, mas também em toda a América Latina, um grande exemplo foi a Argentina em sua luta pelos Direitos Humanos, produzindo uma mudança da cultura dos Direitos Humanos com uma grande manifestação, onde as mães lutaram para conseguir o corpo de seus filhos para que pudessem enterrá-los como qualquer cidadão.
            Devemos sempre no âmbito educacional refletir sobre a nossa práxis, repensando a pedagogia, conscientizando todos os envolvidos no processo, seja alunos/educadores ... para que dialoguem e possam se descobrir sujeitos em direitos, a partir daí consigam construir uma cidadania de participação e propiciando a todos momentos de reflexão sobre o seu papel na sociedade enquanto cidadão. 



Disciplina:Convivência Democrática

Vídeo Aula: 3
A Globalização e seus Impactos nas Culturas

A Globalização hoje se faz presente em nosso cotidiano, ela pode ser considerada uma teia, enraizada na Modernidade, Capitalismo.
As redes sociais, a mídia em geral, os produtos on linne... são elementos voltados a Globalização.
É importante que reconheçamos a Globalização como um impacto avassalador dos processos econômicos globais, incluindo processos de produção, consumo, comércio, fluxo de capital e interdependência financeira.
A Globalização deve ser reconhecida como o surgimento de novas culturas, de meios e tecnologias de comunicação global que moldam a relação de afiliação Identidade e relação entre as pessoas.
Dentro do Âmbito Educacional a Globalização deve ser reconhecida e explorada ao máximo, nossos educando devem reconhecer que muitas vezes alguns hábitos estão relacionados a Globalização que ela está presente dentro de vários contextos, sejam eles familiares, escolares...
Com a Globalização há um aumento das políticas da identidade, grupos que defendem o que acreditam, um grande exemplo é a Parada Gay.
Quando pensamos na Educação frente a mundo globalizado devemos nos atentar a alguns pontos importantes, tais como, mercado de trabalho instável, novas demandas do mundo do trabalho, maior uso da força de trabalho, crescente importância da produção intensiva do Capital , entre outros, pontos esses que nos faz refletir e constatar que nossos discentes devem estar atentos e sempre em busca do novo,se preparando e se aperfeiçoando, para que possam corresponder ao que se espera.
A Globalização nos traz efeitos que devem ser evidenciados, são eles econômico, político e cultural.
Muitos povos tornam-se intocáveis pelo fenômeno da globalização, está realidade deve ser transformada.
Nós educadores, os funcionários... enfim, todos que fazem parte da Comunidade Escolar precisam se atentar para trabalhar o tema em questão, para que todos possam atuar com dignidade.



Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 4
A Convivência Democrática na Ótica dos Estados Culturais

            É importante que nós educadores tenhamos clareza que a Cultura precisa ser entendida/analisada a partir de sua centralidade, isto é de seu vasto alcance na constituição de seu amplo aspecto da vida humana.
Afinal, é a Cultura que nos controla/regula e essa regulação pode acontecer de forma normativa, ou seja, tudo que fazemos tem um sentido de regra construído culturalmente  ou através de sistemas classificatórios, onde as ações são classificadas e nossas condutas comparadas numa série de categorias consideráveis padrões aceitáveis ou não naquele grupo cultural.
Com as práticas escolares os sujeitos em relação a cultura, surgiram/modificaram/continuaram determinados comportamentos, é importante reconhecer que tudo está ligado diretamente a forma de governo de seus sujeitos.
Por este motivo nosso papel enquanto educadores é importantíssimo, pois devemos orientar/argumentar o comportamento dos indivíduos que estamos ligados, trabalhando continuamente e primando por uma educação democrática de qualidade.

 Disciplina: Direitos Humanos

Vídeo Aula:5
ENTREVISTA: ENTREVISTA COM O PROF. SOLON VIOLA

Em uma sociedade torna-se  fundamental que haja leis que defendam e orientem os Cidadãos que fazem parte dela, aos seus diretos / deveres, que devem ser reconhecidos, respeitados e tratados dentro de sua condição.
Leis essas, que oriente sobre o papel de cada um enquanto indivíduo participativo da sociedade na qual estão inseridos.
A Educação tem um papel muito importante, afinal temos que efetivar essa “consciência” dentro não apenas do âmbito educacional, mas em vários outros.
Os Direitos Humanos devem ser vistos coletivamente, e com o tempo é importante ressaltar que as pessoas alteram determinados conceitos.
O saber do educando deve ser valorizado tanto quanto o saber dos educadores, o cotidiano de cada um deve ser reconhecido, valorizado e trabalhado dentro da sala de aula, o diálogo deve se efetivar, propiciando momentos de reflexão, troca ... entre aprendiz e o educador.
Devemos nos atentar a nossa prática e reconhecer que sempre modificará a cultura dos seres humanos também haverá a necessidade de e ressignificar os Direitos Humanos, pois afinal é uma exigência do tempo, exigência da construção de uma nova ordem democrática.
Infelizmente a Cidadania no Brasil sempre foi bastante restrita a um grupo – elite e isto nos dificulta a considerar o outro, pois nossa cultura está acostumada com o privilégio.
Devemos conhecer e entender a Cidadania Ativa, que tem como princípio a dimensão da nação, ela é resguardada, organizada pela legislação da nação- remonta a outras experiências humanas.
O Direito Humano é uma Declaração, é um desejo que a humanidade vai construindo em alguns momentos para além da dimensão da nação.
Nós educadores devemos entender que cada aluno é ser humano e tem seus direitos, direito a palavra, ao pensamento, a partir daí construir.
A organização deve ser construída através do diálogo e da participação, não basta apenas conhecer os Direitos, mas temos que nos avançar nesse conhecimento.
Conhecer/querer e realizar esses direitos – a escola deve conhecer e promover esse conhecimento, valorizando todos os saberes permanentemente atualizado e vivenciando entre professores e educandos.
Além disso, o papel dos meios de comunicação devem ser reconhecidos, pois tornam-se presentes cada vez mais  na vida de cada individuo.
Temos que oferecer uma pedagogia onde todos possam ser reconhecidos igualmente apesar das diferenças, tal prática possibilitará na construção de um país mais justo.


Disciplina: Direitos Humanos

Vídeo Aula:6
Direito Internacional e Educação em Direitos Humanos

Cidadania é o direito a ter direitos, quando o indivíduo perde a cidadania ele torna-se vulnerável.
Como sabemos, o embrião com o passar do tempo torna-se um bebê e ainda quando bebê ele ao nascer recebe o seu primeiro documento denominado de Certidão de Nascimento, essa certidão o dará muitos direitos, dentre eles o de freqüentar uma escola.
É importante reconhecer que cada país tem sua constituição, por exemplo uma criança é considerada brasileira se nascer em território brasileiro, já uma criança é considerada alemã se seus pais forem alemães.
É fundamental que todos, inclusive os educadores tenham conhecimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, onde em seu primeiro artigo ela defende que todos os Homens nascem livres e iguais em dignidade e direito, são dotados de razão e consciência e devem agir uns com os outros com o espírito de fraternidade.
Foi criado a proteção dos direitos, para que não haja nenhuma razão do indivíduo não ser considerado pessoa.
A Família, o Estado e a Educação são responsáveis e devem fazer valer a implementação dos artigos da Declaração dos Direitos Humanos.
Cada ser humano deve ser tratado e respeitado pelas suas especificidades e singularidades.
Nós educadores não somos diferentes, devemos sempre primar por uma educação de qualidade, considerando cada pessoa com sua peculiaridade e dar a ela o que ela realmente precisa, cada qual com suas necessidades, por exemplo a atenção dada a um portador de necessidades especiais não é a mesma dada a um educando que não porta nenhuma necessidade especial, cada um tem suas características e isto deve ser ressaltado, valorizado, respeitado e trabalhado.
Devemos universalizar o direito a todos e especificar esse direito a cada um, dentro de sua especificidade, é uma realidade que ainda hoje infelizmente não ocorre, mas que devemos sempre estar em busca.
Cada educador dentro de seu contexto deve promover atividades que respeite a peculiaridade de cada um, esse é o papel do verdadeiro educador.



Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 7
 Os Estudos Culturais e a Produção da Identidade e da Diferença

Quando trabalhamos com o tema Identidade devemos reconhecer o Sujeito como o Sujeito do Iluminismo, o Sujeito Sociológico e o Sujeito Pós Moderno.
Dentro desse contexto devemos reconhecer a Identidade (A norma) e a Diferença (O outro), em todo esse contexto deve ser levado em conta o poder, a política, ou seja, a raça, o meio em que vivem, os grupos sociais predominantes... tudo isso demarca a identidade e a diferença.
Afinal, a construção da identidade e da diferença depende da sociedade, dos grupos predominantes, eles tem o poder de hierarquizar valores e classificá - los, exemplo: homem x mulher, Heterossexual x Homossexual..., isto tudo é estabelecido culturalmente, tudo classifica o sujeito, o comportamento, onde freqüentam, o gosto, a classe social, o modo de se vestir, se alimentar...   
O educador precisa entender que por mais que trabalhe com uma classe de trinta alunos, nessa classe há diferentes grupos, que acabam se identificando de acordo com o gosto por determinadas músicas, roupas, religião ..., tudo serve para classificar os grupos e aquele que foge do “correto/padrão”, sofre exclusão e são considerados a diferença.
Nós enquanto educadores, devemos sempre desenvolver nosso trabalho primando por uma sociedade participativa e democrática, por mais que haja na construção da cultura a Identidade e a Diferença, temos que estar atentos a essas duas “vertentes”, devemos sempre refletir onde e como estamos contribuindo para a construção da Identidade e da Diferença dentro do Âmbito Educacional. 


Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 8
A Convivência Democrática e a Sociedade Contemporânea

Fazemos parte de um contexto muito diversificado, hoje quando pensamos em terceiro milênio, podemos imaginar um mundo variado, em vários aspectos, sejam eles, geográfico, econômico, político ... enfim, a transformação ocorre a todo momento.
Essa transformação acaba criando grupos e paradigmas, padrões esses considerados relevantes e devem ser evidenciados sempre, aquele individuo que não obedece a esse padrão, acaba sendo excluído do meio e visto como diferente.
Cada grupo desenvolve sua prática social, se organizando, de acordo como já foi dito com suas características, muitas vezes acontece o choque de civilizações, isso ocorre quando alguém – o Outro, pensa ou age diferente de mim, isso pode gerar vários conflitos.
Quando ocorrem esses choques, consequentemente há reações, como, movimentos sociais, ações afirmativas, questionamento do modelo hegemônico, visibilidade crescente da diversidade, todos esses aspectos – reconhecimento, partem da base da convivência democrática.
Nós educadores devemos fazer valer o nosso papel e praticar uma política inspirada no multiculturalismo, política essa que objetiva a inclusão de todos os grupos, valorizando as diferenças. 


 Disciplina: Direitos Humanos

 Vídeo Aula:9
Constituição do Sujeito de Direito

O indivíduo quando é fecundado torna-se um embrião, com o passar do tempo um bebê e com o seu desenvolvimento uma criança.
De acordo com o Direito das Crianças 1989 o individuo é considerado criança do zero aos dezoito anos e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente 1990,  o individuo é considerado criança  dos zero aos doze anos e a partir dessa idade até os dezoito anos é considerado adolescente.
O Estatuto defende que a criança é um sujeito de direito pleno que está em desenvolvimento e por esse motivo precisa da proteção integral, protegida de toda forma de negligência, exploração, omissão e de questões que possa atingir o seu desenvolvimento integral.
A violência contra a criança infelizmente pode acontecer em todos os lugares do mundo e isto determina o estágio de desenvolvimento de determinado país.
Nós educadores, devemos ter conhecimento do Estatudo da Criança e do Adolescente e é importante que a família também o conheça, pois isto fortalecerá nossas ações, garantindo a proteção integral de cada indivíduo.
O Diálogo é uma ferramenta pedagógica que deve ser utilizada sempre, pois com isso poderemos oferecer formas de diminuir o uso da violência, possibilitando trocas de experiências/dúvidas ... primando sempre em usar a palavra no lugar da violência.
O ambiente da sala de aula / da escola deve ser um espaço onde o diálogo se perpetue, nossos educandos devem sentir segurança no meio em que frequentam, pois sabemos e é importante ressaltar que o diálogo deve ser visto como uma ferramenta que pode transformar o individuo, garantindo a ele todos os seus direitos.


Disciplina:Direitos Humanos

Vídeo Aula: 10
Educação em Direitos Humanos no Brasil

É importante e fundamental que todos entendam e conheçam todo o processo da história da educação em Direitos Humanos no Brasil que não dissociou da história política e social do país, sua trajetória não se resume ao momento de instalação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, sua gestação atravessou processos de lutas e conquistas por direitos.
Nós cidadãos que fazemos parte de uma sociedade, precisamos participar dela e contribuir para que a mesma esteja sempre em favor de justiça de igualdade.
Sempre estivemos em luta pelo direito a Educação.
Nossa luta pela Educação merece uma atenção a partir de 88 que se firmou ao cidadão encontrar, entender e viver em Democracia.
Devemos enquanto cidadão e educador enfatizar que Direitos Humanos antes de ser uma ação institucionalizada se constroem enquanto modos de ser e de agir no dia a dia de nossas vidas.
Acima de tudo o Direito deve ser visto como uma cultura, mudando a mentalidade, a prática... enfim transformando a cultura na qual estamos inseridos.
É importante ressaltarmos o momento de Ditadura, onde muitos resistiram a opressão e lutavam por seus direitos, conhecer esse passado é fundamental para o indivíduo resistir a violência que muitas vezes está na família, escola, rua ... violência esta que deve ser combatida e vencida.
A Ditadura foi um cenário para a Cidadania Ativa, onde havia denuncias e críticas ao silêncio.
Estamos em um momento de consolidar a Democracia, conhecer direitos e saberes para se proteger.
Hoje a realidade é outra, nosso passado podemos dizer que foi bem cruel, havia muita censura, se escondia livros, não se respeitava nem as liberdades consideradas fundamentais.
Dos movimentos de resistência aprendemos muito, principalmente a educar em direitos para conquistar e viver em democracia, podemos citar como conquistas desses movimentos as Eleições Diretas e a Constituição Federal de 1988.
A Educação em Direitos Humanos aconteceu na prática conquistando a abertura política, onde podiam perguntar, argumentar, questionar, expor suas ideias, seus desejos, anseios... enfim, uma educação exercida com criticidade.
Devemos ter clareza que Democracia significa não apenas criar direitos, mas também reinventá-los e a Educação em Direitos Humanos deve ser reconhecida e exercida como um conteúdo a ser trabalhado em nosso âmbito educacional na Educação Básica e no Ensino Superior.

Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 11
Políticas Culturais, Multiculturalismo e Currículo.

Se queremos construir um mundo onde todos tenham os mesmos direitos e  deveres, temos que começar a fazê –los valer em todos os espaços de convívio social, seja em casa, na escola, no trabalho...
Todos devem reconhecer que as leis servem igualmente a todos, não devemos atribuir “cargos” a vantagens para determinadas situações.
                        Não é por exemplo, porque dou aula para a filha da “diretora/coordenadora” e essa aluna nunca me traz os deveres de casa feito, que eu como educadora devo não conversar com a mesma e solicitar providências da família, minha postura e atitudes diante de todos deve ser a mesma.
            Se eu diferenciar meu “tratamento” com meus educandos, estarei praticando uma política segregacionista.
            É importante reconhecer que no cotidiano escolar acontece também a política assimilacionista, ou seja, quando o individuo entra na escola e depara com uma cultura totalmente diferente da dele, muitas vezes o individuo transgride, resiste  se nega a realizar algo e tornando-se indisciplinado..
            Além dessa política é importante reconhecermos e ressaltarmos a política integracionista, nela as diferenças são vistas e trazidas para o convívio social, não havendo exclusão.
            É importante que o educador reconheça as políticas e suas características citadas acima e tenha clareza do que é multiculturalismo.
O Multiculturalismo pode ser conservador, liberal, pluralista, essencialista de esquerda e crítico, cada qual com suas características, quando identificado o educador deve se atentar a sua prática pedagógica e reconhecer a qual está ligado.
O Conservador, as diferenças são reconhecidas mas nessa visão a cultura tida como a verdadeira é a única que deve ser trabalhada.
Na visão Liberal é reconhecido que há várias culturas mas só será valorizada aquela que tiver poder.
A visão Pluralista é visto que as pessoas e/ou grupos tem características diferentes, numa sociedade democrática mas é necessário que crie-se espaços onde essas características sejam expressadas e as identidades valorizadas.
   Na visão Essencialista a Esquerda na prática há momentos de vantagens e outros de desvantagens em relação a determinados grupos.
Já na visão Crítica valoriza as diferenças, reconhece a importância dos grupos diferentes e todos têm o mesmo tratamento, tanto os considerados vantajosos, quanto os considerados não vantajosos.
Desenvolvemos em nosso cotidiano escolar o Currículo e assim como o Multiculturalismo, o Currículo também apresenta visões, características diferentes.
É importante reconhecermos que currículo é toda experiência da escola ou a partir da escola é toda experiência adquirida  - experiência cultural.
Toda decisão curricular é um ato político.
O Currículo pode ser conservador, ou seja, primando por uma cultura homogênica oferecendo aprendizado lento.
O Currículo Assimilacionista, tem como objetivo convencer as crianças a ser de um único jeito.
  Já no Currículo Inter Cultural ou Crítico a diversidade é reconhecida e trabalhada, valorizando as culturas que freqüentam a escola.
Nós enquanto educadores devemos nos atentar a nossa prática pedagógica e reconhecer nossa visão e postura diante das diversidades culturais encontradas no âmbito educacional.


            Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 12
Multiculturalismo Encaminhamentos Pedagógicos

“ Fale, e eu esquecerei; Ensina-me, e eu poderei lembrar; Envolva-me, e eu aprenderei”. (Benjamin Franklin)    

É importante que a realidade de nossos educandos sejam levados para dentro da classe, sua vivência seja reconhecida e valorizada.
Quando propomos um currículo multicultural devemos prestigiar procedimentos democráticos, propiciando momentos onde haja reflexão, debate, análise... sobre as práticas sociais, promovendo o entrecruzamento de culturas e criando uma ambiente de resistência a reprodução da ideologia dominante, consequentemente práticas essas farão com que ocorra o questionamento das relações de poder, recorrendo  a política da diferença, evitando a homogeneização.
Nossa prática pedagógica tem que ir além dos livros didáticos, devemos tematizar, ou seja, abordar um assunto de diversas maneiras, colocá-lo na realidade do educando, tudo deve ser valorizado, a vivência, o repertório do aluno, quando propomos essa prática devemos nos atentar as metodologia utilizada, recorrendo quando necessário a recursos diferenciados, tornando as aulas além de prazerosa também significativas.
Quando abordamos e exploramos um determinado tema, este deve ser analisado e reconhecido que por mais que tenha se passado ainda podemos encontrar características presentes, esta é uma abordagem denominada de etnográfica.
Afinal todo conhecimento está sendo construído  a todo momento, ele é transitório.


Disciplina:Direitos Humanos

Vídeo Aula: 13
Educação em Direitos Humanos nos Documentos de Referência

Os Direitos Humanos devem ser reconhecidos como uma conquista e trabalhado efetivamente em todos os âmbitos, dentre eles o Educacional.
O século XX, foi considerado o momento de inserção dos Direitos Humanos nos documentos internacionais.
A medida que os países pactuavam com a necessidade de trabalhar os Direitos Humanos, temas relevantes, tais como, o Genocídio, Guerra, Exploração Sexual, Racismo... os Estados criaram organismos para além de pactuar, monitorar  a sua criação e atuação nas áreas dos Direitos Humanos.
Todos os envolvidos, à medida que pactuavam o Estado passava a ter responsabilidades e exercer internamente de acordo com sua legislação os Direitos Humanos, tornava-se necessário inseri-lo nas leis e nas políticas públicas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu artigo XXVI, onde aborda O Direito á Educação defende:
_ A instrução será orientada no sentido de pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos Direitos Humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
Outro documento que merece atenção é a Convenção sobre os Direitos da Criança – 1989, onde em seu artigo 19 defende que os Estados partes adotarão todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais apropriadas para proteger a criança contra todas as formas de violência física e mental, abuso ou tratamento negligente, maus tratos ou exploração, inclusive abuso sexual, enquanto a criança estiver sob a custódia dos pais, do representante legal ou de qualquer outra pessoa responsável por ela.
Esses documentos entre outros contribuem para a formação do indivíduo e sua proteção.
Em 1960 houve a Convenção relativa à luta contra as discriminações na Esfera de Ensino, defendendo que: Discriminação é toda distinção, exclusão, limitação ou preferência, com fundamento na raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou qualquer outra opinião.
Devemos em nosso contexto educacional, primar por uma Educação onde se perpetue a Diversidade.
Dentre os Documentos desenvolvidos para fundamentar o tema Direitos Humanos, é importante ressaltarmos O Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais desenvolvido em 1966, onde defendia que a Educação não poderia se restringir a Igualdade de Oportunidade, mas, cada pessoa deve implicar –se na realização de direitos, A Educação de Direitos Humanos deve ser reconhecida, pois faz parte da Educação.
A partir de 1974 a Unesco cria instrumentos específicos para tratar da Educação de Direitos Humanos, pois torna-se essencial que haja formação de professores, o tema em questão faça parte da política de educação, os conteúdos abordados e o plano desenvolvido devem ir de encontro com uma proposta que valorize a Educação em Direitos Humanos.
Em 1988 cria – se o Protocolo Adicional à Convenção Americana de Direitos Humanos em matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Baseados nesses documentos, podemos afirmar que nosso objetivo principal enquanto educadores é formar cidadãos ativos, onde o que é proposto – teoria, possa se efetivar na prática, uma deve ligar a outra, “meu discurso deve ir de encontro com minha postura- atitude”.
Essa mentalidade deve ser reconhecida e praticada por todos e em todos os espaços, formais e não formais, pois sabemos que educação se faz em todos os espaços.
Em 1933 acontece a Declaração e Plano de Ação de Viena, onde é ressaltado a importância da informação pública, como meio de se obter relações estáveis e harmoniosas e de fomentar o entendimento mútuo, a tolerância e a paz.
Se reconhecemos que a Educação em Direitos Humanos é importante, então torna-se fundamental que todos possam ter acesso a ela.
Em 1994 foi aprovada a Declaração sobre o Ensino dos Direitos Humanos, em 2001 acontece o Plano Regional sobre a Educação em Direitos Humanos na América Latina e em 2010 há o Pacto Internacional de Educação em Direitos Humanos, onde é ampliado a política e a direção ideológica.
Podemos perceber que a União Européia e a América Latina começam a institucionalizar – inserir a Democracia e a Educação para a Cidadania vista e praticada como Currículo para a Educação Formal.
A ONU estabelece o Programa onde todos os países passam a incluir a Educação em Direitos Humanos em todos os âmbitos.
O sistema de ensino deve pautar-se pelos valores: responsabilidade mútua, igualdade, respeito, fraternidade, autonomia, auto-estima ...
Pois com base nessa educação construiremos uma Cultura Democrática, mas é importante ressaltarmos que a Educação em Direitos Humanos deve estar ligada aos Parâmetros Curriculares, ao Plano de Ensino.
A Escola deve ser um espaço ativo para a Educação em Cidadania, cada um, professores-educadores-funcionários... deve conhecer a lei que rege a Educação em Direitos Humanos e a mesma deve fazer parte do cotidiano escolar.
Temos que primar por uma Educação em Valores, em Direitos, construir cidadãos capazes de criticar, dialogar, questionar, tendo consciência de sua liberdade que deve ser exercida com responsabilidade, tornando cidadãos ativos.


Disciplina:Direitos Humanos

Vídeo Aula:14
Dimensões da Educação em Direitos Humanos

Embora a Declaração Universal dos Direitos Humanos se faz presente desde 1948, sua prática se efetiva a partir de 1995 – 2005.
O Plano Educacional em Educação em Direitos Humanos é um marco no tema em questão, esse Plano foi realizado em 2003 e revisto em 2006, tornando-se um compromisso com o Brasil em Política Nacional em Educação em Direitos Humanos, orientando as instituições para praticar o tema.
Se temos como objetivo desenvolver uma Educação em Direitos Humanos, primando pelos princípios de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, devemos exercer em nossa prática, atitudes que reconheçam valores e uma educação voltada a Democracia, onde todos percebam que fazem parte do processo de construção da Educação.
Os educandos devem expressar suas opiniões, criticando, debatendo, tornando protagonista do âmbito que participam, seja ele formal ou não formal, reconhecendo que a construção para ser significativa deve ser coletiva e o educador deve quando julgar necessário utilizar em seu cotidiano escolar metodologias diversificadas e participativas.
Os conteúdos abordados devem estar relacionados a Educação em Direitos Humanos, conteúdos esses que quando explorados devem ser relacionados aos contextos internacionais, nacionais e locais.
Se queremos oferecer uma Educação direcionada aos Direitos Humanos,  devemos nos atentar que o Tema em questão nos oferece conceitos, história, normas e instituições, todos esses tópicos estão interligados e devem estar claros a todos os envolvidos.
Os valores servem como guia de atitudes e práticas sociais que expressem a Cultura dos Direitos Humanos, podemos exemplificar como a Liberdade com Responsabilidade, Participação, Pluralismo, Diversidade, Inclusão, Solidariedade e Cooperação, Dignidade Humana ... entre outros, valores esses fundamentais para a Construção de uma Sociedade Justa e Democrática.
Além disso, os educadores devem tornar suas aulas mais atrativas, prazerosas e significativas, utilizando metodologias diversificadas e participativas, reconhecendo que a Construção acontece coletivamente, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados, devemos privilegiar a participação crítica de cada educando, problematizando suas vivências.
Pois tal prática favorecerá na construção de educandos ativos, participativos, questionadores e críticos.
E nós contribuiremos para a prática da Educação em Direitos Humanos.

  

Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 15
A Produção da Identidade – Diferença Culturais Juvenis e Tecnocultura.

            Em nosso cotidiano escolar temos contato diário com jovens, a  juventude pode ser vista como uma concepção natural (hormônio, maturação) ou concepção Cultural (além dos hormônios, da maturação, o individuo sofre influencias no contexto)
Os Jovens passam por culturas juvenis, essas culturas dependem das condições históricas e do discurso,Culturas essas vistas como o resultado das condições econômicas, políticas e culturais de cada época e local, além disso, os discursos influenciam muito.
Há padrões diferentes da juventude, ou seja, os jovens se organizam em grupos, cada qual de acordo com suas características de identificação, criando muitas vezes paradigmas, “aqueles” que fogem do padrão se encaixam a esses padrões diferentes.
Outra característica bastante relevante dos jovens é a tecnocultura, ou seja, a maioria do jovem urbano tem uma cultura na internet, essa prática faz com que muitos vivam um conjunto de ações diferentes das que vivem na vida – cotidiano, tornando-os muitas vezes inseguros em relação a vários fatores, tais como, violência – relacionamento...
A Comunidade Escolar deve desenvolver ações – práticas objetivando um trabalho democrático em relação a Tecnocultura, já que a mesma torna-se cada vez mais presente na vida de cada discente.
Esse trabalho deve reconhecer a identidade de cada um e ressaltar, valorizando a diferença e o papel de cada um dentro da construção desses elementos.



Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 16
Encaminhamentos Pedagógicos: Blog no Ensino de Ciências

            Nós educadores devemos fugir do “tradicional”, se pretendemos tornar nossas aulas prazerosas, interessantes e significativas devemos recorrer a metodologias diversificadas, pois muitas vezes a ferramenta utilizada no contexto escolar para explorar  determinado conteúdo, torna-o mais fácil de ser entendido e a aula muito mais eficaz, primar por uma educação de qualidade é o objetivo de um bom educador.
A internet é uma ferramenta do jovem urbano, lá ele utiliza sua linguagem, expõe seus desejos, produz... são influenciados em suas identidades.
A Escola deve mapear essa prática cultural, manter diálogo com o educando, trazer para a escola a vivencia do discente.
Uma boa prática Pedagógica é a criação de um Blog, ele deve ser motivador, criado por todos, todos devem contribuir “passo a passo”, a disciplina escolhida- o conteúdo explorado deve ir além da classe, ou seja, fazer um paralelo com o Blog, durante todo o tempo necessário, os educadores devemos orientar os alunos fazendo sempre que necessário as adequações, fazendo uso da Tecnocultura.
Tal prática “traz” o discente pra mais perto da escola, tornando o conteúdo abordado muito mais significativo e a aprendizagem efetiva, práticas como essas podem fazer a diferença, pois tem muito mais contato e eficácia com cada discente.

  
Disciplina: Direitos Humanos

Vídeo Aula:17
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos

Direitos Humanos é um tema que merece destaque, sabemos que muito se fez para que as conquistas fossem alcançadas, muito foi discutido, observado e criado.
Dentre os documentos relacionados ao tema em questão podemos citar a Declaração Universal – 1988, após a Guerra Fria onde os Estados buscavam alternativas para minimizar conflitos –guerras.
Há também a Conferência de Viena 2003, onde buscavam alternativas para fortalecer o regime democrático e efetivar os Direitos Humanos.
Todos nós devemos primar por uma Educação que vá de encontro com a prática e o entendimento dos Direitos Humanos, vivemos em um país democrático, onde deve-se buscar direitos políticos, civis, a liberdade de expressão de organização...
A Constituição Cidadã 1988 desenvolveu ainda mais o tema, avançando -fundamentando os direitos sociais e políticos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – 2000, também foi outro marco dessa conquista relacionado aos Direitos Humanos, ele foi fruto de grandes debates, onde o indivíduo passou a ser reconhecido como um sujeito de direitos e o Estado devendo cumprir, senão seria cobrado.
Uma Educação onde objetive trabalhar com seriedade os Direitos Humanos o concretizará em âmbito social, político e econômico.
Mas torna-se primordial que esse indivíduo reconheça que além dos seus direitos ele também tem deveres.
Devemos enquanto cidadãos conscientes e participantes da construção da sociedade na qual estamos inseridos, efetivar a democracia que é o regime de governo que melhor fortalece e propicia uma educação em Direitos Humanos.
Foi elaborado o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos que teve como objetivo construir no sistema de ensino as políticas educacionais colocando como eixo norteador os Direitos Humanos, isso deve se efetivar  nos diversos níveis de ensino- modalidades, além disso objetivou também formar – preparar profissionais para que possam entender o sistema de justiça e de segurança a favor do bem social, protegendo o ser humano, além de destacar o papel da comunicação- mídia que nos remete conteúdos – significados e valores.
Nós educadores devemos nos atentar a esse tema e levar para o cotidiano escolar temáticas para o interior de nossas disciplinas, objetivando em nossa práxis participar da construção de uma sociedade mais justa e um país mais democrático, onde todos possam se sentir mais gente, reconhecendo a importância de seu papel e exercendo seus direitos e deveres .


Disciplina: Direitos Humanos

Vídeo Aula:18
Educação em Direitos Humanos e Ambiente Escolar

Educação em Direitos Humanos acontece em todos os espaços, no âmbito educacional não é diferente, ele é um espaço onde essa prática deve ser refletida, discutida e acontecer sempre, todos os envolvidos na escola seja professor, aluno, funcionário, equipe gestora ... devem falar a mesma “língua” e ter um único objetivo, que é formar cidadãos capazes de lutar por seus direitos, reconhecendo seus deveres e valorizar sua pratica em valores, que servirão para o bem comum de todos, valores esses passados pelos indivíduos em várias esferas.
A Educação tem um papel central – estratégico, na formação dos Direitos Humanos.
A Educação em Direitos Humanos, deve ser trilhada e não vista apenas como um mero objetivo a ser alcançado, trata-se de um modo de vida que deve orientar a vida na escola e na sociedade.
Toda a bagagem que o educando traz consigo para dentro da escola deve ser reconhecida e abordada, as vivências e convivências em ambientes democráticos devem ser orientados tendo em vista os Direitos Humanos.
Nossos educandos devem ser encorajados a participar e a perceber que sua atuação diante do desenvolvimento da construção do seu conhecimento é fundamental para o seu crescimento e amadurecimento, ele deve ser reconhecido como protagonista e responsável por suas ações, ações e práticas voltadas a promoção dos Direitos Humanos.
É necessário que haja uma articulação entre a Escola e a Comunidade Local, pois sabemos que a educação vai além dos muros da escola, todos são responsáveis por uma educação de qualidade e uma sociedade mais justa e democrática.
 O Ambiente Escolar deve ser um espaço que efetive ações, experiências vividas, por cada um dos participantes, nesse espaço há múltiplas relações com o entorno havendo condições sócio-afetivas, para que a Educação em Direitos Humanos aconteça, um dos pontos fundamentais é a infraestrutura para a realização de propostas culturais educativas.
Outro fator que favorecerá o tema em questão é a Metodologia utilizada pelos educadores, devendo ser participativa e integradora, ressaltando a cada um a importância de colocar em prática o que é dito, falado, discutido, argumentado... no cotidiano escolar.
Afinal, fazemos parte de um contexto social que prima pela democracia, para que isso se efetive é necessário a participação de todos, sociedade esta que há leis – regras, que guiam nossas vidas, a participação para tomadas de decisões e o conhecimento de documentos que fundamentam a importância de construir um ambiente escolar democrático onde realmente haja Educação de Direitos Humanos deve ser parte do Currículo, possibilitando a todos um melhor entendimento e uma prática efetiva na construção de um espaço-sociedade (formal ou não formal), cada vez melhor.



Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 19
Relações Etnicorraciais na Escola

   Munanga, 2004 define raça como sorte-categoria-espécie, utilizado na zoologia e botânica para classificar espécies animais e vegetais.
            Com o passar do tempo essa ideia foi se modificando, todos começaram a reconhecer que raça está ligada ao rastro da hierarquização-escala de valores (biológico x qualidades morais, intelectuais, culturais e psicológicos), como consequência dessa hierarquização, mesmo sem validade cientifica o termo raça continua valendo em nível político-ideologico, pois tem vários significados em partes diferentes do mundo.
Pois infelizmente a ideia posta era que a raça branca era superior a negra e a amarela.
            Nós devemos ter clareza da definição do termo raça, racismo e etnia.
            Racismo é o conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre a etnias ou doutrina ou sistema político fundado sobre o direito de uma raça( considerada pura e superior), de dominar outras, está é uma definição do Dicionário Houaiss.
Etnia é o conjunto de indivíduos que historicamente ou mitologicamente têm um ancestral comum, um língua em comum, uma mesma religião ou cosmovisão, uma mesma cultura e moram geograficamente num mesmo territórtio.
Como podemos perceber Etnia é o mesmo que raça, nós educadores devemos abordar esse termo e explora-lo tornado-o claro a todos, devemos sim refletir sobre essa hierarquia de raças que reflete o poder .
Afinal fazemos parte de um país de mestiços, ou seja, as oportunidades devem  ser iguais, infelizmente ainda hoje isso não acontece, torna-se necessário que nosso trabalho seja efetivo em relação a esse tema, as diversas questões decorrentes a ele.
A população discente branca é privilegiada, devemos analisar nossas atitudes e refletir sobre nossa práxis, ou seja, teoria – prática, reflexão – ação diante dessa afirmativa.
Devemos sim, primar por uma educação de justiça seja ela social ou curricular, o tratamento diante desse tema deve ser de Equidade.
Todos devem ter os mesmos direitos e “aqueles” considerados menos privilegiados devem ter as mesmas oportunidades.


Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 20
Diferentes Possibilidades Culturais no Currículo Escolar

            Em todos os espaços pode-se dizer que as Identidades e as Diferenças são expostas, mas é importante ressaltar que a sala de aula é o espaço onde ambas são mais demarcadas.
            É na Família, na Escola e na Comunidade que as Diferenças e as Identidades são construídas, denominadas, exploradas...
            Nós educadores devemos nos atentar a essas Identidades e Diferenças, valorizando culturas individualizadas no Currículo Escolar, não deixar de trabalhar possibilidades culturais, pois a escola é um espaço onde ocorre a convivência desses grupos discentes, cada qual com suas características.
            É essencial e importante que o educador trace o perfil da comunidade da qual seu aluno está inserido, esse perfil pode ser feito por meio de um mapeamento de preferência com a participação direta docente.
                        A partir desse mapeamento cultural, o educador poderá elencar as dificuldades e facilidades encontradas para o trabalho com as manifestações culturais encontradas.
            Esse trabalho deve ser bem desenvolvido, pois as características da cultura na qual a escola está inserida deve ser reconhecida, valorizada e trabalhada.
            Além disso, devemos desconstruir a hegemonia cultural branca, seus benefícios á população discente das escolas públicas brasileiras.
            Temos que desenvolver trabalhos de conscientização, onde haja a descolonização e a justiça curricular.
            Pois tal prática favorecerá um estreitamento entre os discentes e a escola, e isto torna-se o trabalho mais eficaz.


Disciplina: Direitos Humanos
Vídeo Aula:21
EDH na Sala de Aula

            Podemos e devemos propiciar um espaço onde a aprendizagem seja vista e desenvolvida como uma troca e os envolvidos devem estar abertos para o “novo” e podendo incorporar o novo a maneira do sujeito viver a vida, modificando suas relações com o mundo.
            O educando-sujeito que aprende, deve ser reconhecido como a figura central do processo, não podemos reduzir a aprendizagem a mera apreensão de conteúdos, todos devem interagir, pensar, criticar... enfim, participar da aprendizagem.
            O Direito Humano é um conteúdo que deve ser abordado e explorado da melhor forma possível, por todos os envolvidos, trabalhado de forma interdisciplinar e transversal.
            Em caráter interdisciplinar o Direito Humano deve ser compreendido mediante a integração de diferentes disciplinas, diz respeito a maneira de organizar o conhecimento no Currículo.
            Em caráter transdisciplinar, são desenvolvidos temas e eixos temáticos relativos a Educação de Direitos Humanos, onde essa educação é integrada as disciplinas, de forma a estarem presentes em todas elas e contextualizadas na realidade, referem-se a maneira como os seres humanos aprendem.
            Os Temas Transversais devem estar ligados ao cotidiano da Comunidade, aos seus interesses, as suas necessidades, são temas problematizados.
            Dessa forma, a vida de cada indivíduo é relacionada ao Currículo trabalhado no âmbito educacional, abordando temas relevantes socialmente.
            A característica central desse trabalho é a relação que se estabelece entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados e as questões da vida real, aprender na realidade e da realidade.
            Essa Metodologia torna as aulas muito mais interessantes e significativas, pois os alunos aprendem reconhecendo e fazendo, participando da construção do saber.
            Metodologias como essa são consideradas Ativas, ou seja, seus pressupostos são pautados pelo construtivismo, onde são utilizadas técnicas, estratégias de ensino diferenciadas, tornando um fator importante para a aprendizagem.
            É fundamental que toda a bagagem trazida por nossos educandos seja respeitada e valorizada, tornando motivações para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
            Todo o trabalho deve ser pensado, analisado e explorado da melhor forma possível, o processo de construção de conhecimento acontece por meio de atividades individuais e sociais, devemos todos entender que problematizar a sociedade, constrói uma aprendizagem participativa, significativa e de qualidade.
            Devemos primar por uma educação onde nossos alunos possam ter a liberdade de expor suas ideias, de olhar e querer transformar a sociedade, tendo uma consciência crítica.
            Em nosso cotidiano escolar devemos propiciar momentos onde haja reflexão, os problemas da realidade devem ser partilhados e direcionados ao tema Direito Humano, a problemática vivida por nossos educandos devem ser reconhecida e a bagagem trazida por cada um deve ser valorizada no âmbito educacional, todos devem ter um único objetivo, que é participar da construção de uma sociedade justa e democrática, onde o respeito seja efetivado em todos os âmbitos e por todos, independente do gênero.

Disciplina:Direitos Humanos
Vídeo Aula:22
Educação em Direitos Humanos, Inclusão e Acessibilidade.

            A Educação em Direitos Humanos tem como principal objetivo formar sujeitos que percebam seus direitos, os entenda e os  pratique.
            Os indivíduos que apresentam deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades de superdotação, também devem ter acesso a educação de direitos humanos.
            A Acessibilidade é a efetiva dignidade, garantindo a todos a participação e autonomia no contexto do sistema de ensino.
            O respeito é o ponto fundamental para o exercício da Educação em Direitos Humanos, é importante ressaltar que o respeito ás diferenças é um movimento que intensificou na década de 90.
            Devemos enquanto educadores, praticar o exercício em nosso cotidiano escolar que valorize a Igualdade, a Diferença, as Deficiências, Necessidades  Especiais... pontos esses fundamentais para a construção de uma realidade melhor, mais justa e democrática.
            Na Antiguidade, quando o indivíduo apresentava alguma deficiência, ele era excluído da Sociedade, já na Idade Média com o Cristianismo se trabalhava mais com a perspectiva de aceitar as diferenças, mas ainda assim a deficiência física, intelectual ou sensorial era atrelada ao pecado, causando na sociedade o sentimento de caridade e piedade.
            Vista a impossibilidade de cura, inicia no final da Modernidade o interesse dos educadores e psicólogos em estudar e acompanhar o desenvolvimento dessas pessoas.
            Na Contemporaneidade começam a pensar sobre a integração dessas pessoas em todos os contextos, sejam eles formais ou não.
            Devemos efetivar uma prática pedagógica baseada nas diferenças e nos Direitos Humanos, e nos fundamentar na Declaração Universal dos Direitos Humanos entre outros documentos baseados no tema em questão.
            É fundamental destacarmos que o Brasil tem uma evolução marcante, principalmente a partir da Constituição de 1988, tornando-se um marco, em seu artigo 205 é defendido o Direito de Todos a Educação e em seu artigo 208 o Atendimento Educacional Especializado aos alunos da Educação Especial torna-se um direito assegurado – Constituição, visto transversalmente a todas as Políticas.
            A Lei de Diretrizes e Bases, traz um capítulo específico a Educação Especial assegurando a todos um Currículo Adaptado, acessível no Sistema de Ensino, atendimento especial e especializado assegurados também no Estatuto da Criança e do Adolescente.
            A Política de 94, traz em uma de suas resoluções as diretrizes e bases voltadas a inclusão de alunos de educação especial.
            Em 2008 foi publicada pelo Ministério da Educação a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, tornando-se um marco, especificando seu público alvo que é a educação inclusiva.
            Temos que primar enquanto cidadãos e educadores práticas que levam a reflexão sobre a condição humana de cada indivíduo, a importância do respeito e da diferença, além da participação de todos na construção de uma sociedade democrática, onde todos possam ter direito a ela.
            Temos que primar por um espaço que haja acessibilidade seja na área  arquitetônica, comunicativa, pedagógica, tecnológica e informativa.
            Se queremos uma política de inclusão, devemos efetivar a participação dos alunos que apresentam deficiência, transtornos globais no desenvolvimento e com altas habilidades de super dotação,.
            Devemos no âmbito educacional dar suporte a esses educandos, é direito de todos a Educação em Direitos Humanos, é necessário que haja um especialista que trabalhará com o apoio do educador da classe, para que ambos possam suprir as necessidades de cada educando, as salas de recurso também é uma prática fundamental para que os objetivos sejam alcançados, ela poderá funcionar em horário contraturno, de acordo com a necessidade do educando, devemos todos nos especializar para que possamos com maestria garantir ao educando seu desenvolvimento e progresso em todos os âmbitos.

           
Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula:23
Relações Sociais e de Gênero:Um Direito e uma categoria de análise

                        O Gênero é um tema que merece atenção, pois nasce nas lutas por Direitos Sociais e faz parte da construção da Cidadania.
            A Constituição de Gênero está ligada a ampliação do direito das mulheres, pois sabemos que as mulheres a muitos anos lutam por seus direitos, criando movimentos que  vem se fortalecendo, podemos citar o direito ao voto, ao trabalho remunerado, direito de ir e vir, entre outras conquistas.
            Além disso, o Gênero está ligado a Constituição de Desigualdade no nosso país, ocasionando muitas vezes conflitos em áreas diversas, abordando várias temáticas.
            Além dos movimentos feministas, podemos citar os movimentos sociais que tornaram-se símbolos do desafio de estruturas históricas, um grande exemplo é a parada gay, realizada todos os anos, contando com o apoio de todos que lutam contra o preconceito e a exclusão social.
            Os Movimentos Sociais são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, pois muitos grupos-pessoas por “fugirem dos padrões estabelecidos” sofrem repressão sexual, agressividade, injustiça... ocasionando sérios problemas.
            De acordo com as Relações Sociais de Gênero podemos destacar os avanços e as permanências de determinados comportamentos em atitudes:
AVANÇOS:
  • Variedade de Estruturas Familiares e Domésticas;
  •  Incorporação das Mulheres no Mercado de Trabalho remunerado fora do Lar;
  •  Estruturação Global do Movimento Feminista;
  •  Questionamento da Heterossexualidade Compulsória;


PERMANÊNCIA:
  • Segmentação do Mercado de Trabalho;
  • Transposição do patriarcado para a fábrica;
  • Socialização de Gênero;
  • Heterossexualidade com Padrão;


            Mesmo com toda a informação e trabalho de conscientização contra o preconceito acontecendo em vários âmbitos, ainda hoje podemos cair no essencialismo que iguala todas a mulheres, comportamento este construído em vários lugares, onde há uma mentalidade machista, é fundamental que tal comportamento, atitude... seja abolida.
            O Gênero é o elemento constitutivo das relações sociais, baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos dando espaço ao processo de construção social.
            Devemos enquanto educadores e participantes da formação de nossos educandos nos atentar ao desenvolvimento do Caráter Social e Relacional, ou seja as relações de poder que é estabelecida entre os indivíduos, todo esse processo torna-se responsável pela transformação da história em natureza, do arbitrário cultural em natural .
  

Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula:24
Gênero e Diversidade Sexual: Desafios para a Prática Docente

            O Estado e suas Políticas Nacionais e Locais interpretam e regulam várias das Concepções da Família, Reprodução, Educação, Estilo de Vida... muitas dessas concepções estão entrelaçadas com a construção das relações de gênero.
            Podemos afirmar que hoje criaram - se novas leis, um grande exemplo é a Lei Maria da Penha.
            Há duas Dimensões que merecem destaques, são elas : o Gênero e Sexualidade que são socialmente construídos e  a segunda dimensão amplia a análise dos processos de democratização da Educação para a Demanda dos Movimentos sociais.
            Essa organização desses movimentos Sociais em questão de gênero em particular com o tema sexual.
            Os Parâmetros Curriculares Nacionais trabalha o tema em questão- sexualidade, e podemos afirmar que ele foi fortemente introduzido no currículo, através dos próprios PCNS – Orientação Sexual, trabalhando o Conceito de Sexualidade divididos em três blocos : Corpo/Relações de Gênero e Prevenção DST/AIDS.
            A Diversidade Sexual deve ser reconhecida, valorizada e o tema deve ser abordado merecendo seu real destaque.
            Há os Planos Nacionais para mulheres, desenvolvendo alguns programas, tais como, Educando para a Igualdade, Gênero Raça e Orientação Sexual, Formação Docente para a Cidadania em Diversidade Sexual, Construindo Igualdade em Gênero, Brasil sem Homofobia, infelizmente nesses programas desenvolvidos há fragmentação e não articulação, ocasionando ausência de perspectivas unificadas e resistências internas a incorporação da Temática.
            Mesmo com informações, trabalhos de conscientização há alunos que não aceitam amigos homossexuais, demonstrando preconceitos.
            Sabemos que esteriótipos são construídos e “aquele que foge” do padrão sofre preconceito, há pessoas que não admitem, mas são preconceituosas.
            Esse tema deve ser discutido e trabalhado para que nossos educandos possam construir uma sociedade onde o preconceito não se efetive.
            Para isso é bom que se trabalhe com vários modelos de feminilidade e masculinidade, devemos lutar em todas as esferas dentro e fora da escola, conscientizando e formando docentes nessa área.
Abolindo as Hierarquias das diferenças individuais e coletivas para que não se transformem em desigualdade, construindo uma sociedade justa, menos desigual com Projetos Coletivos. 

Disciplina:Direitos Humanos

Vídeo Aula:25
Comitês de Educação em Direitos Humanos: possíveis parcerias

            É importante que todos nós saibamos que após a Conferência de Direitos Humanos é instituído o Comitê de Educação em Direitos Humanos, composto por especialistas, articulado com o governo, fazendo preposições as políticas publicas voltadas aos Direitos Humanos e também deliberações nas diferentes áreas no sistema de justiça, segurança, no sistema de ensino contemplando a Educação Básica e o Ensino Superior, na área da mídia, da informação e da comunicação.
            O Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos elaborou a primeira versão de um Plano de Educação em Direitos Humanos a ser implementado no país, foi publicado em 2003 e revisado em 2007.
            Neste Plano há orientações estratégicas que se relaciona a implementação de Comitês em Educação em Direitos Humanos nos Estados e Municípios, que serviram de órgão de elaboração, implementação e fiscalização da Política em Direitos Humanos e da Educação em Direitos Humanos nos Estados e Municípios.
            Os Comitês têm como objetivo, formular a Política de Educação em Direitos Humanos e deliberar sobre estratégias de implementação dessas Políticas e monitoramento de fiscalização das Políticas em Direitos Humanos e de Educação em Direitos Humanos, tornando-se uma ferramenta de defesa dos Direitos Humanos – União, Estados e Municípios.
            Os Comitês são compostos por representantes do Governo, de Movimentos Sociais ou Organizações não Governamentais, também deve se vincular com as diferentes áreas ou com as diferentes Organizações que tratam dos Direitos Humanos, podemos citar como exemplo, o Ministério Público, Conselho Tutelar..., todos os envolvidos devem pensar na multiplicidade dos Direitos Humanos, elaborando os Planos Estaduais e Municipais.
            É necessário que nosso trabalho seja voltado a essa visão, protegendo o indivíduo a dignidade humana.
            Os Comitês são organizações e devem formar os sujeitos na área de Educação em Direitos Humanos, para que tenham perspectivas de formar Sujeitos Conscientes de seus Direitos.



Disciplina:Direitos Humanos

Vídeo Aula:26
O Papel da Escola no Processo Educativo de Direitos Humanos

            A Escola é um espaço onde há socialização, aprendizagem, troca, participação, todos aprendem com as diferenças e de diferentes maneiras, há também as diferentes aprendizagens, são elas, cognitiva, emocional e social, todos esses pontos são fundamentais e importantes para que o indivíduo possa construir valores.
            A Escola tem uma função social, ela reúne pessoas, que podem discutir, argumentar, questionar, pensar, criar, construir... indivíduos que socializam os conhecimentos.
            É um espaço que possibilita conhecimentos no campo cognitivo, conhecimentos esses que perpassam a subjetividade, onde os envolvidos tem a consciência que estão aprendendo.
            É na escola também que devemos focar e efetivar um trabalho direcionado a Educação em Direitos Humanos, primando pela prática do respeito consigo e com o outro.
            Desenvolvemos em nosso cotidiano escolar Projetos, todos eles são Políticos e buscam a construção de uma sociedade democrática e uma democracia onde todos realmente participem, participação que desperta em cada um, valores e atitudes, ampliando a apropriação em Direitos Humanos.
            Devemos praticar uma Educação Tolerante, a todos os tipos de preconceitos e discriminações.
            A Educação Básica é de suma importância, pois trabalha o indivíduo desde cedo-criança, de diferentes formas e linguagens.
            Durante toda a vida aprendemos que a escola é um espaço de diálogo, de troca de valores, é essa a pratica que devemos adotar, os conteúdos abordados devem estar explícitos no currículo, é importante que todos tenham conhecimento dos documentos que norteiam os direitos e deveres, ou seja, a Educação em Direitos Humanos.
            A Proposta Curricular deve abordar temas “questionadores” sobre os comportamentos, atitudes... que fazem parte da construção da cidadania.
            Temos que primar por uma Educação que respeite a Diversidade, utilizando metodologias que trabalhem esses conceitos, pois assim poderemos contribuir para que o ser humano além de aprender, ele possa dialogar permanentemente, criticando, tendo liberdade de expor seus desejos e reconhecendo que ele tem direitos e também deveres.
            O Cotidiano entorno da Escola deve ser referência, a Escola deve refletir a realidade local, suas dificuldades, seus avanços..., pois sabemos que a Educação vai além dos muros.


Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula:27
A Construção da Identidade e a Produção da Diferença: A questão Religiosa

            É necessário identificarmos que é primordial trabalharmos dentro do âmbito educacional a Pluralidade e a Singularidade, a identidade é a construção plural, compondo a singularidade de cada ser humano, ou seja, sua vivência, a escola/bairro que freqüenta... a base do relacionamento entre as pessoas/ a base da democracia.
            Tudo deve ser valorizado, são múltiplos e diversos fatores, entrelaçados com a memória e projetos que compõem a identidade do indivíduo.
            A religião pode ser reconhecida na vida do indivíduo como herança ou eleição.
            Herança é quando a religião/ a crença vem através da família passada muitas vezes de geração a geração, já a eleição, é quando o individuo com maturidade entende e opta pelo que realmente quer crer e seguir.
            Toda crença tem seu valor e isto está ligado a ética = Religião e Alteridade.
            Quando falamos em religião é importante identificarmos que há uma diversidade voltada ao tema em questão.
            A Religião e a Alteridade estão ligadas ao Eu e o Outro, ou seja, tudo deve ser respeitado, sempre com muita ética.
            No âmbito Educacional devemos propiciar momentos de reflexão voltados a diversidade religiosa, onde o respeito se perpetue e a desigualdade não aconteça.
            Afinal, a Religião está ligada a Cidadania, não podemos permitir que pessoa/grupos discriminem outros por acreditarem que determinada religião é melhor/ da mais direitos ao individuo (Estado Laico), este pensamento deve ser abolido, pois perante o Estado somos todos iguais.
            A Constituição Federal tem dois Artigos que merecem destaques, o quinto e o décimo nono.
O Artigo quinto defende que todos nós somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Já o Artigo décimo nono defende que é vedado á União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
·                              Estabelecer cultos religiosos ou igrejas ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança;
·                              Recusar fé os documentos públicos;
·                              Criar distinções entre Brasileiros ou preferências entre si;

Torna-se fundamental que todos nós educadores tenhamos entendimento da Constituição e possamos trabalhar com nossos educandos tal conhecimento.
            O Tema da Religião tem âmbito histórico, antropológico, sociológico, político, filosófico..., ou seja, âmbito extenso onde todos consigam perceber que a consciência das pessoas vai para a sociedade ganhando dimensões teológicas e voltando novamente para dentro da cada um de muitas formas.
            Além da Constituição devemos ter como “guia” os Parâmetros Curriculares Nacionais que tem como base trabalhar as diferenças, onde todos devem ser reconhecidos e valorizados sem distinção e discriminação.
            A distinção por motivos religiosos fere a Ética, a Constituição do Brasil, sendo considerado crime.
            Se queremos uma sociedade justa e igualitária, devemos trabalhar para isso, oferecendo uma educação de qualidade, voltada ao respeito as diferenças.


Disciplina: Convivência Democrática

Vídeo Aula: 28
Encaminhamentos Pedagógicos na Escola Pública sobre a questão religiosa

            A escola não pode permitir a intolerância, devemos oferecer uma educação onde todos sejam respeitados e tenham clareza que a discriminação fere a Ética, a Constituição e é considerada Crime.
            A Constituição de 1988 em seu artigo 210 diz que serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.E seu primeiro parágrafo defende que o Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental.
            Já o Artigo 33 da lei nº 9,394/96 defende que o Ensino Religioso sendo oferecido, sem ônus para cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter:
  •           Confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas;
  •           Interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa;

Depois de submetido a emenda, pela Lei nº 9.475 de julho de 97 redação ainda mais problemática do Artigo 33 da LDB:

            Artigo que diz: O Ensino Religioso, de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental assegurado a respeito á diversidade cultural e religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
            Devemos oferecer uma espaço-escola, onde todos possam refletir a pluralidade que está na sociedade de forma pacífica, e a Identidade seja reconhecida como uma construção plural, compondo a singularidade de cada um, o educando tem o direito de chegar a escola e narrar sua experiência/ vivência/religião.
            Devemos sempre mostra a diferença aos nossos educandos entre  a herança religiosa e a eleição, ou seja, direito e liberdade de consciência, primando por uma formação democrática.